Na primeira audiência televisiva que ocorreu no âmbito deste caso, o juiz do Tribunal Superior do Condado de Fulton Scott McAfee disse não ver razão para que o advogado Kenneth Chesebro e Sidney Powell, que foi advogada da campanha de Trump, não fossem a julgamento juntos em 23 de outubro.
"Não acredito que a separação seja necessária para uma determinação justa da culpa ou inocência de cada réu", disse o magistrado.
Os advogados de Chesebro e Powell argumentaram separadamente que os seus clientes não se conhecem e não enfrentam exatamente as mesmas acusações, defendendo assim um julgamento separado.
Para o magistrado, a separação dos dois casos bloquearia o calendário do tribunal.
A defesa de Chesebro havia solicitado um julgamento rápido para 23 de outubro, data que o juiz já havia aceitado, tendo indicado que emitirá uma ordem semelhante para Powell.
No total, 19 pessoas são acusadas de tentativas de reverter os resultados das eleições presidentes de 2020 no estado norte-americano da Geórgia, onde o Democrata e atual Presidente, Joe Biden, venceu Trump por uma margem estreita.
A procuradoria solicitou que todos fossem julgados em outubro, mas o juiz manteve essa data apenas para Chesebro e Powell e ainda não se pronunciou sobre o julgamento dos restantes arguidos.
"Parece irrealista gerir todos os 19 (arguidos) em 40 dias", disse McAfee, referindo-se ao tempo que resta antes da data acordada para outubro. O juiz deve decidir sobre o assunto numa nova audiência na próxima semana.
O juiz estimou hoje que o julgamento poderá durar até oito meses, o dobro do tempo calculado pela Procuradoria.
Os 19 arguidos foram convocados hoje na Geórgia para a leitura formal das acusações e para se declararem culpados ou inocentes, mas todos já se haviam adiantado, declarando-se inocentes por escrito e renunciando voluntariamente a estar hoje presentes na sessão.
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