EUA e Alemanha juntam-se à condenação de ataque russo a mercado

Os Estados Unidos e a Alemanha condenaram hoje um ataque atribuído às forças russas que atingiu um mercado no leste da Ucrânia e que provocou pelo menos 17 mortos e 32 feridos, juntando-se a pronunciamentos anteriores da ONU e da União Europeia.

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© Andriy Reznikov/Suspilne Ukraine/JSC "UA:PBC"/Global Images Ukraine via Getty Images

Lusa
06/09/2023 19:44 ‧ 06/09/2023 por Lusa

Mundo

Ucrânia/Rússia

"Estes ataques brutais da Rússia sublinham a necessidade de continuar a apoiar o povo da Ucrânia na defesa do seu território", disse a porta-voz da Casa Branca, Karine Jean-Pierre, num dia em que o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, realiza uma visita não anunciada a Kiev.

A ministra dos Negócios Estrangeiros alemã, Annalena Baerbock, também condenou o ataque, enquadrando-o numa guerra desumana da Rússia contra a Ucrânia.

"Este ataque brutal a pessoas inocentes que fazem compras pacificamente num mercado mostra claramente que a guerra de agressão da Rússia é um ataque ao direito internacional e à humanidade", escreveu Baerbock no X (antigo Twitter).

Pelo menos 17 pessoas morreram e outras 32 ficaram feridas hoje num bombardeamento russo a um mercado da cidade de Kostiantynivka, no leste da Ucrânia, segundo o último balanço das autoridades ucranianas.

O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, publicou uma mensagem na plataforma digital Telegram em que atribui o ataque à "artilharia dos terroristas russos", juntamente com um vídeo em que se vê o momento da deflagração e alguns dos seus devastadores efeitos no mercado.

"Um mercado normal. Lojas. Uma farmácia. Pessoas que não fizeram nada de mal. Muitos feridos. Infelizmente, o número de mortos e feridos poderá aumentar", observou, criticando aqueles que "ainda tentam" contemporizar com a Rússia.

"Isso significa fechar os olhos a esta realidade", acrescentou.

O embaixador ucraniano nas Nações Unidas, Sergiy Kyslytsya, anunciou que o bombardeamento ao mercado em Kostiantynivka será levantado pela representação de Kiev na reunião do Conselho de Segurança da ONU na sexta-feira.

Antes das condenações de Washington e Berlim, a coordenadora humanitária da ONU para a Ucrânia, Denise Brown, já tinha considerado que o bombardeamento é "profundamente trágico e inaceitável", recordando que ataques intencionais contra civis constituem "crimes de guerra".

"Estou arrasada com a notícia de uma série de ataques que hoje, mais uma vez, deixaram um rasto de morte e destruição em diferentes partes da Ucrânia. O ataque desprezível que há poucas horas atingiu um mercado em Kostiantynivka, na região de Donetsk, violentou civis nesta comunidade devastada pela guerra", disse Brown, num comunicado.

"É um dia verdadeiramente triste para a Ucrânia. Este acontecimento profundamente trágico e inaceitável é apenas mais um exemplo do sofrimento que a invasão da Rússia inflige aos civis em todo o país", frisou a representante.

A União Europeia (UE) classificou, por sua vez, como "horrendos e bárbaros" os acontecimentos de hoje em Kostyantynivka, considerando que Moscovo continua a "aterrorizar a população da Ucrânia".

Em comunicado, o porta-voz do alto-representante da UE para os Negócios Estrangeiros disse que Bruxelas considera que este ataque decorre de "uma escalada nos últimos meses de ataques com mísseis, de 'drones' por toda a Ucrânia" e que "feriram mais de 410 pessoas só nas últimas duas semanas", exortando Moscovo a "parar imediatamente com esta agressão ilegal e desumana".

Leia Também: Washington fornecerá a Kyiv munições de urânio empobrecido

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