Washington fornecerá a Kyiv munições de urânio empobrecido

Os Estados Unidos (EUA) vão fornecer à Ucrânia munições de urânio empobrecido, eficazes contra tanques e veículos blindados, anunciou hoje o Pentágono.

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Lusa
06/09/2023 19:04 ‧ 06/09/2023 por Lusa

Mundo

Guerra na Ucrânia

As munições de 120 mm destinam-se aos tanques de batalha norte-americanos Abrams e integram uma nova parcela de ajuda militar destinada a Kiev no valor de 175 milhões de dólares (163 milhões de euros), informou o Pentágono em comunicado.

A decisão surge após meses de debate sobre o envio deste tipo de munições, que deverão ser altamente eficazes contra os tanques russos.

A utilização de munições de urânio empobrecido, que têm maior capacidade de perfuração, tem sido uma questão controversa devido aos seus potenciais impactos na saúde e no ambiente.

O porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, John Kirby, disse que com o pacote hoje anunciado, que inclui ainda material de apoio ao sistema de defesa aérea ucraniano e munições para sistemas de artilharia HIMARS, Washington está "muito focado" em ajudar a Ucrânia a ter sucesso na contraofensiva contra a Rússia.

As munições de urânio empobrecido, acrescentou, são "mais pesadas" do que a artilharia normal e "muito eficazes" contra tanques.

"Queremos garantir que os ucranianos possam ser tão eficazes quanto possível nesta contraofensiva e acreditamos que as munições de urânio empobrecido os ajudarão nesse sentido", sublinhou Kirby, em conferência de imprensa

O porta-voz do Conselho de Segurança Nacional observou que "muitos exércitos usam munições com urânio empobrecido, não apenas os Estados Unidos": "Eu acrescentaria que também a Rússia".

"Não há grande controvérsia aqui, exceto a que a Rússia está a tentar criar. (...) É uma munição eficaz no campo de batalha e não representa uma ameaça radioativa para as pessoas", argumentou Kirby.

Já em março, depois de o Reino Unido ter admitido planos para fornecer munições de urânio empobrecido a Kiev, a Rússia alertou para o risco de contaminação radioativa e indicou que seria forçada a reagir se a Ucrânia utilizasse esse tipo de armamento.

O Pentágono referiu no seu comunicado que o pacote anunciado hoje é o 46.º que a administração de Joe Biden fornece à Ucrânia a partir dos inventários do Departamento de Defesa norte-americano desde agosto de 2021.

"Os Estados Unidos continuarão a trabalhar com os seus aliados e parceiros para fornecer à Ucrânia as capacidades para satisfazer as suas necessidades imediatas no campo de batalha e as necessidades de segurança a longo prazo", concluiu.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou, de acordo com os mais recentes dados da ONU, a pior crise de refugiados na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.

[Notícia atualizada às 19h31]

Leia Também: EUA apostam em 'drones' para combater China, revela Pentágono

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