Sean Duffy falava hoje numa conferência de imprensa após nova interrupção ocorrida no aeroporto de Newark, em Nova Jérsia, no domingo, a terceira em duas semanas, atribuída a sistemas desatualizados que pretende modernizar com o plano anunciado na semana passada, que ainda está pendente de aprovação do Congresso.
Entretanto, como este plano vai demorar a ser lançado, determinou "correções temporárias de software" que, segundo Duffy, estão a funcionar porque a interrupção de domingo manteve as linhas de telecomunicações ativas, o que chamou de redundantes, para quando as linhas principais ficarem inoperacionais.
O responsável pelos transportes da administração de Donald Trump anunciou também a criação de uma equipa técnica para abordar estas questões, que incluirá especialistas da Administração Federal de Aviação (FAA, na sigla em inglês) e das empresas contratadas pelo Governo L3 Harris Corporation e Verizon, e convocou uma reunião com as principais companhias aéreas na quarta-feira.
Duffy indicou que "todas as companhias aéreas que têm voos em Newark" vão participar no grupo técnico e que o objetivo é "ter um número controlável de voos a aterrar", enquanto o responsável interino da FAA, Chris Rocheleau, previu que será um número com o qual os controladores se sintam confortáveis.
A FAA anunciou hoje que reduziu as partidas e chegadas em Newark devido à construção da pista e a problemas de pessoal e tecnologia no radar de Controlo de Aproximação Terminal (TRACON) em Filadélfia, Pensilvânia.
Segundo Duffy, "três problemas de equipamento" no TRACON, o último dos quais ocorrido domingo, afetaram "os visores do radar de comunicação e realçaram a natureza antiquada do sistema de controlo de tráfego aéreo do país, que ainda depende de fios de cobre e outras tecnologias ultrapassadas".
O secretário atribuiu estes problemas ao seu antecessor, o ex-secretário dos Transportes Pete Buttigieg, que, segundo ele, transferiu o controlo do espaço aéreo de Newark para a TRACON de Filadélfia em julho de 2024, mas não conseguiu gerir adequadamente a infraestrutura de telecomunicações.
A este respeito, acrescentou que determinou uma investigação sobre "as decisões de deslocalização do TRACON".
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