Começa a ganhar força a intenção de Elon Musk em criar o seu próprio partido. O fundador da Tesla e da SpaceX já tinha 'atirado' a ideia ao ar, quando saiu do Governo de Trump, mas agora a mesma começa a ganhar terreno para avançar.
Elon Musk ameaçou lançar o seu próprio partido político, que se chamará o Partido América, numa publicação no X, e propõe-se a efetivar a sua ideia, caso o presidente do país, Donald Trump, decida promulgar o seu plano fiscal e orçamental.
"Se este projeto de lei insano sobre despesas for aprovado, o Partido da América será formado no dia seguinte", garantiu Elon Musk, explicando em seguida os motivos que o levam a tomar esta decisão.
"O nosso país precisa de uma alternativa ao unipartidarismo democrata-republicano, para que o povo tenha efetivamente uma VOZ", escreveu.
If this insane spending bill passes, the America Party will be formed the next day.
— Elon Musk (@elonmusk) June 30, 2025
Our country needs an alternative to the Democrat-Republican uniparty so that the people actually have a VOICE.
Antes disto, o bilionário tinha alertado os congressistas republicanos para uma possível derrota nas primárias no próximo ano caso apoiem o plano fiscal e orçamental de Donald Trump, que o Presidente norte-americano pretende promulgar esta semana
Recorde-se que Musk demitiu-se no final de maio do cargo de chefe de eficiência da Casa Branca, após divergências com Trump sobre o projeto, que o executivo da Tesla e da SpaceX acredita que aumentará a dívida pública dos EUA.
"Para todos os membros do Congresso que fizeram campanha pela redução das despesas do governo e votaram imediatamente pelo maior aumento da dívida da história, tenham vergonha. E perderão as vossas primárias no próximo ano, mesmo que seja a última coisa que façam na Terra", destacou Musk, na rede social X.
O empresário, que parece ter resolvido a sua disputa pessoal com Trump sobre o assunto, deixou claro que continua em desacordo com o projeto de lei, chegando mesmo a nomear dois membros da Câmara dos Representantes (câmara baixa do Congresso) que podem ser fundamentais para a aprovação do documento, Andy Harris, de Maryland, e Chip Roy, do Texas.
Que plano é este afinal?
Já aprovado pela Câmara dos Representantes, o projeto de lei está atualmente a ser discutido no Senado, onde os líderes republicanos ainda esperam votá-lo até ao final do fim de semana.
Trump insistiu, numa conferência de imprensa na Casa Branca, que queria que o plano fiscal, que contempla uma série de cortes, fosse publicado até dia 4 de julho.
A medida implementaria impostos zero sobre gorjetas, horas extraordinárias e segurança social para idosos, e reforçaria a segurança nas fronteiras e "um exército ainda maior e mais poderoso".
Para compensar a dispendiosa extensão dos "créditos fiscais Trump", a administração planeia cortar o Medicaid, o programa público de seguro de saúde do qual dependem milhões de norte-americanos com rendimentos baixos, bem como reduzir drasticamente o programa Snap, a principal ajuda alimentar do país.
Tenciona também rever muitos dos incentivos fiscais para as energias renováveis introduzidos por Joe Biden.
O Senado tem agora até 18 de julho para tomar uma decisão. Se não aprovar os cortes, o governo de Trump não os pode fazer.
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