Segundo a mesma fonte, trata-se do "maior contrato de defesa alguma vez assinado por Israel".
O ministro da Defesa israelita, Yoav Gallant, congratulou-se com a decisão, que considerou ser "significativa e que irá contribuir para reforçar Israel e a sua economia".
O contrato precisava da aprovação do Departamento de Estado dos Estados Unidos porque o sistema foi desenvolvido em conjunto pelos dois países.
O sistema Arrow, projetado para intercetar mísseis balísticos de longo alcance e que pode destruir armas inimigas a uma distância superior a 100 quilómetros, foi desenvolvido e fabricado pela Israel Aerospace Industries (IAI) em colaboração com a construtora de aviões norte-americana Boeing.
"A aprovação norte-americana é um marco importante no relacionamento estratégico entre Israel e os Estados Unidos", disse Daniel Gold, responsável pelo Departamento de Investigação e Desenvolvimento em Defesa de Israel, num comunicado.
"O programa conjunto com os Estados Unidos no avançado sistema de defesa Arrow 3 fortalece a nossa defesa nacional", acrescentou, referindo que este sistema vai ampliar a capacidade de defesa da Alemanha.
Os Governos de Israel e da Alemanha, assim como a empresa IAI, devem assinar o contrato final previsivelmente "no final de 2023", segundo o ministério israelita.
A venda ainda requer etapas processuais adicionais por parte de Israel e da Alemanha, incluindo a aprovação dos parlamentos dos dois países, de acordo com o diretor da Organização de Defesa de Mísseis de Israel, Moshe Patel.
Patel disse hoje aos jornalistas que os componentes do sistema serão totalmente entregues à Alemanha até 2025, com o sistema a atingir a sua capacidade total até 2030.
Berlim pretende equipar-se com este sistema de defesa no âmbito do seu programa de rearmamento decidido após a invasão russa da Ucrânia.
Por seu lado, a Alemanha prevê que o Arrow 3 esteja operacional no final de 2024, propondo que integre um sistema europeu de defesa antiaérea, projeto que Berlim lançou no ano passado.
Embora Israel tenha há muito tempo laços económicos e militares estreitos com países da Europa Ocidental, o acordo com a Alemanha pode chamar a atenção da Rússia, com quem as autoridades israelitas têm mantido relações durante a guerra em curso na Ucrânia.
Israel tem repetidamente rejeitado pedidos de venda de armas para a Ucrânia por receio de antagonizar a Rússia, mas tem enviado ajuda humanitária para o território ucraniano.
A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro do ano passado, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Leia Também: Mais de mil reservistas da FA de Israel suspendem serviço em protesto