Rafique, que não excluiu a possibilidade de sabotagem ou atentado, afirmou que o acidente "aterrador" teve também a ver com a "falta de recursos financeiros" para se proceder a uma revisão do sistema ferroviário do país, cujas deficiências são responsáveis por centenas de acidentes todos os anos.
"É o verdadeiro culpado [a falta de recursos]. Não podemos manter as coisas", admitiu o ministro paquistanês.
O acidente ocorreu três dias antes da dissolução da Assembleia Nacional, na quarta-feira, e três dias antes do fim oficial da atual legislatura, com vista às próximas eleições.
"Restam-nos dois dias. Depois chegará o governo provisório. Estamos a investigar e os responsáveis serão punidos", garantiu o ministro, citado pelo diário paquistanês Dawn.
No domingo, pelo menos 30 pessoas morreram e cerca de 80 ficaram feridas na sequência de um acidente de comboio na cidade de Nawabsha, no sul do Paquistão, após várias carruagens do Expresso Hazara terem descarrilado quando faziam o percurso entre Rawalpindi e Karachi.
A versão do mau funcionamento da rede ferroviária ganha força depois de os principais autores de tais atos de sabotagem terem negado qualquer envolvimento, como os talibãs paquistaneses ou os grupos rebeldes que operam nas províncias de Baluchistão e Sindh.
Os acidentes ferroviários ocorrem com frequência no país, que herdou milhares de quilómetros de vias de caminhos-de-ferro e comboios da era colonial britânica.
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