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Israel pede à Autoridade Palestiniana que renuncie ao Governo com o Hamas
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, pediu hoje ao presidente da Autoridade Palestiniana, Mahmud Abbas, que renuncie ao Governo de reconciliação nacional formado no início de junho com o apoio do movimento islamita Hamas.
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Mundo Reconciliação
Num discurso pronunciado num dos quartéis-generais do exército israelita na Cisjordânia ocupada, o líder israelita voltou a acusar o Hamas de envolvimento no desaparecimento há uma semana de três estudantes rabínicos perto do colonato de Gush Etzion, que garante estarem sequestrados.
"Foram sequestrados pelo Hamas. Não temos dúvidas acerca disso. É totalmente certo", sublinhou Netanyahu, sem no entanto apresentar provas sobre este incidente.
"Espero que o presidente Abbas dissolva a união com essa organização terrorista. Creio que é importante para o nosso futuro comum", concluiu.
Os três jovens, identificados como Eyal Yifrachm, 19 anos, Naftali Frenkel, 16 anos e Gilad Shaar, 16 anos, desapareceram na noite da passada quinta-feira quando pediam boleia perto do colonato de Gush Etzion, onde estudavam.
No dia seguinte, o exército e as forças de segurança israelitas desencadearam uma operação e prenderam mais de 300 pessoas, na maioria membros do Hamas.
Por seu turno, os palestinianos relacionam o sucedido com a política do atual Governo judaico, em particular a contínua construção e ampliação de colonatos nos territórios ocupados, ilegais segundo a lei internacional, e ao "abuso" das detenções administrativas.
Mais de 100 presos palestinianos abrangidos por este estatuto estão em greve de fome há mais de 50 dias para exigir a libertação, e nove já foram enviados para unidades de cuidados intensivos.
O Hamas e a Fatah, liderada por Abbas, anunciaram no início de junho um Governo de reconciliação nacional, integrado por tecnocratas, e que pôs termo a sete anos de divisão política e administrativa.
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