Tunisinos manifestam-se contra pai que queimou a filha viva
Perto de 300 pessoas manifestaram-se hoje em Tunes contra o ato "aterrorizante" de um tunisino que queimou viva a filha de 13 anos no fim de maio por ter ido para a escola com um rapaz.
© DR
Mundo Tunes
"Não à violência contra as mulheres e as crianças", "ninguém está protegido", "Eya foi vítima do extremismo e do fanatismo", são algumas das mensagens que se podem ler nos cartazes brandidos pelos manifestantes.
"É um crime odioso e aterrorizante, esta manifestação é um grito de angústia. Eu temo verdadeiramente pelo futuro das nossas crianças", afirmou à AFP Radhia Ammar, uma das participantes da "marcha silenciosa pela Eya (a jovem de 13 anos)".
Segundo os dados preliminares do inquérito, o pai da jovem rapariga, que vive na Tunísia, regou com gasolina e queimou viva a filha após tê-la visto descer a rua na companhia de um rapaz, declarou à AFP o porta-voz do procurador, Allala Rhouma.
O homem encontra-se preso e Eya morreu uns dias após a sua hospitalização.
O inquérito está a tentar estabelecer as circunstâncias exatas em que o incidente ocorreu, acrescentou Rhouma, precisando que o pai irá ser submetido a uma avaliação psiquiátrica.
Os organizadores da marcha apelaram às autoridades e à sociedade civil a "agir para que estes crimes odiosos não sejam nunca tolerados, e nunca normalizados" e "a proteger os direitos das crianças" e das mulheres "contra todas as agressões físicas e verbais".
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