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Confrontos em evento do movimento LGBTQIA+ na Geórgia

Os ultraconservadores georgianos opositores do movimento LGBTQIA+ e a polícia protagonizaram hoje confrontos em Tbilissi em resultado das celebrações da semana do orgulho gay.

Notícias ao Minuto

16:40 - 08/07/23 por Lusa

Mundo Geórgia

Várias centenas de radicais, a maioria vestidos de preto e com ícones nas mãos, acompanhados por padres, marcharam em direção ao lago Lisi, a 10 quilómetros do centro de Tbilisi, com gritos como "não a Sodoma e Gomorra" ou "vamos defender os valores tradicionais".

Um festival LGBTQIA+ (sigla para lésbicas, gays, bissexuais, transgénero, queer, intersexuais, assexuais e outras orientações sexuais e identidades de género) estava a ser realizado no Lisi Wonderland, sob forte proteção policial.

Os organizadores disseram que não estavam a planear nenhum desfile da semana do orgulho, que termina hoje, mas isso não impediu os ultraconservadores, que já realizaram violentos distúrbios em Tbilisi em 2013 e 2021 contra o orgulho gay.

Os radicais tentaram romper o cordão policial e entraram em confronto com agentes que tentavam impedi-los de chegar a Lisi Wonderland, onde estava prevista a presença de vários embaixadores de países da União Europeia (UE) como convidados.

Por fim, os organizadores do festival indicaram em comunicado que o Ministério do Interior teve de evacuar o local e enviar forças especiais para o lago Lisi.

A Presidente da Geórgia, Salomé Zurabishvili, declarou que a violência é inaceitável e enviou um representante de direitos humanos a Lisi.

O primeiro vice-presidente do parlamento, Giorgi Volski, do partido pró-Governo Georgian Dream, disse em conferência de imprensa que "a violência pode prejudicar a imagem internacional da Geórgia", que espera receber o estatuto de país candidato à União Europeia em dezembro, apesar de nos últimos tempos o país registar retrocessos democráticos e de liberdades cívicas.

O Patriarcado da Geórgia, que segundo várias sondagens é a instituição mais autoritária do país, afirmou em comunicado que "se opõe à propaganda de um modo de vida pervertido contrário à cultura georgiana", mas que também "se opõe à violência".

A semana do orgulho em Tbilisi é celebrada sob forte presença policial e com eventos fechados devido à possibilidade de incidentes e violência, à semelhança do que aconteceu em edições anteriores.

Durante os distúrbios de Tbilisi em 2013, cerca de 30 pessoas ficaram feridas e em 2021 o mesmo aconteceu com mais de 50, na maioria jornalistas.

Leia Também: Política domina marchas pelo Orgulho LGTBI+ em Madrid, Barcelona e Málaga

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