Política domina marchas pelo Orgulho LGTBI+ em Madrid, Barcelona e Málaga

As marchas do Orgulho LGBTI+ que percorreram hoje Madrid, Barcelona e Málaga foram as mais políticas dos últimos anos devido à aproximação das legislativas espanholas antecipadas de 23 de julho e em plena formação de governos autonómicos e municipais.

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Lusa
01/07/2023 23:00 ‧ 01/07/2023 por Lusa

Mundo

LGBTI+

Na marcha organizada na capital espanhola, a mais participada e que segundo os organizadores reuniu cerca de 1,5 milhões de pessoas, exortou-se a "votar com orgulho" nas próximas eleições para "voltar a ter as ruas com cores e demonstrar a quem quer regressar ao preto e branco" a força do movimento LGBTI+ (pessoas lésbicas, gays, bissexuais, transexuais, intersexuais e outras).

Os organizadores voltaram a convidar para o início do desfile representantes do Governo espanhol, atualmente de esquerda, para celebrar a aprovação da lei LGBTI e trans estatal de fevereiro passado, sob o lema "Pelos nossos direitos, pelas nossas vidas, com Orgulho", num momento em que se configuram, a nível local, acordos entre o Partido Popular (direita) e o Vox (extrema-direita), segundo relatou a agência noticiosa EFE.

Na cabeça da marcha em Madrid estiveram presentes a segunda vice-presidente do Governo, Yolanda Díaz (do Sumar, plataforma eleitoral de esquerda) e a ministra da Transição Ecológica, Teresa Ribera (Partido Socialista espanhol, que lidera o atual executivo), junto aos organizadores da iniciativa: a presidente da FELGTBI+, Uge Sangil, e o presidente do coletivo LGBT Cogam, Ronny de la Cruz.

A ministra da Igualdade, Irene Montero, também foi convidada, mas optou por acompanhar o desfile organizado pelo Unidas Podemos (esquerda).

A marcha, que decorreu no tradicional ambiente festivo, incluiu momentos reivindicativos, como uma paragem simbólica em frente à câmara municipal para criticar a ausência da bandeira arco-íris (símbolo da luta contra a discriminação por causa da orientação sexual), relatou a EFE.

Os participantes, incluindo as ministras do Governo, criticaram os acordos entre o PP e o Vox e manifestaram preocupação pela "ameaça" que implica para o coletivo LGBTI+ a chegada da ultra-direita a governos autonómicos e municipais.

Em Barcelona, cerca de 3.000 pessoas, segundo as autoridades, manifestaram-se no "orgulho crítico", mais reivindicativo e numa antecipação do massivo "Pride!" que decorrerá em 15 de julho.

A inquietação pela ascensão da extrema-direita também dominou os protestos na capital catalã, onde os organizadores, a Crida LGBTI, leram um manifesto contra as discriminações no acesso à habitação e ao mercado laboral, entre outras reivindicações.

A manifestação desta tarde decorreu em paralelo com outros protestos antifascistas e da extrema-direita, respetivamente, no centro de Barcelona, onde decorreu um comício do líder do Vox, Santiago Abascal.

A bandeira arco-íris também percorreu hoje numa Málaga (Andaluzia) "orgulhosa e diversa" durante uma manifestação no centro onde compareceram representantes de partidos políticos e instituições.

Leia Também: Londres. Ativistas detidos em protesto contra patrocinadores do 'Pride'

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