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Expansão de petróleo de xisto nos EUA vai ser mudança mais significativa

A expansão do petróleo de xisto dos Estados Unidos, que vai duplicar entre 2013 e 2019 e representará cinco milhões de barris diários, será a mudança mais significativa nos próximos cinco anos, estimou hoje a AIE.

Expansão de petróleo de xisto nos EUA vai ser mudança mais significativa
Notícias ao Minuto

13:12 - 17/06/14 por Lusa

Mundo AIE

No relatório anual de perspetivas de médio prazo sobre o mercado petrolífero publicado hoje, a AIE (Associação Internacional de Energia) também reconhece que a campanha militar lançada na semana passada pelos grupos 'jihadistas' no Iraque põe "consideráveis riscos" às estimativas das expetativas do aumento de extrações de petróleo naquele país.

Sobretudo, tendo em conta que as previsões até agora - que a própria AIE considera "conservadoras" - partiam do princípio de que o Iraque deveria fornecer três quintos da produção adicional da Organização de países Exportadores de Petróleo (OPEP) em 2018, ou seja, 1,28 milhões de barris adicionais.

Os autores do relatório sublinham que as preocupações sobre a segurança para este negócio aumentaram em vários membros da OPEP, às quais se vêm juntar as ameaças para os investimentos de companhias internacionais.

Contudo, o elemento mais saliente do cenário descrito no relatório é a crescente presença do petróleo não convencional procedente essencialmente dos Estados Unidos, que com cinco milhões de barris por dia pode passar a ser exportador líquido em finais desta década.

A agência considera que a experiência com sucesso dos Estados Unidos com as jazidas de xisto constitui um caso único, mas também prevê que outros países venham a contribuir com 650 mil barris por dia deste petróleo não convencional em 2019.

Deste volume, o Canadá contribuirá com 390 mil barris por dia, a Rússia com 100 mil e a Argentina com 90 mil.

Em relação à procura global de petróleo, a AIE calcula que esta aumentará a um ritmo de 1,3% por ano em média nos próximos cinco exercícios para se vir a cifrar em 99,1 milhões de barris por dia.

Mais em pormenor, o consumo de petróleo vai marcar nesse período um "ponto de inflexão" a partir do qual o aumento vai começar a desacelerar devido aos elevados preços do barril, às preocupações com o meio-ambiente e também à existência de outras alternativas energéticas mais baratas.

Os responsáveis do relatório sublinham que isso não significa que no cenário desta previsão a procura vá tocar o máximo, (o "pico" só se espera nas denominadas economias "maduras"), mas apenas que o crescimento vai desacelerar.

Em relação ao negócio da refinação, a AIE adverte que a indústria enfrenta "um novo ciclo de margens fracas" tendo em conta a projeção de construção de novas instalações.

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