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Mais tiroteios em Israel provocam cinco mortos na comunidade árabe

Cinco árabes israelitas morreram nas últimas 24 horas em incidentes violentos separados, elevando o número de assassínios na comunidade árabe de Israel para 111 em 2023, o maior desde a criação do Estado.

Mais tiroteios em Israel provocam cinco mortos na comunidade árabe
Notícias ao Minuto

16:37 - 28/06/23 por Lusa

Mundo Israel

Este é um dos dias mais mortíferos do ano na comunidade árabe, depois de outras cinco pessoas terem sido mortas em 8 de junho num tiroteio entre famílias rivais na cidade de Nazaré, cidade de maioria árabe cristã no norte de Israel.

Omer e Mohamed Jaladi, pai e filho de 61 e 26 anos, respetivamente, foram as últimas vítimas do crime árabe após serem atingidos na cidade de Shfaram, no norte de Israel, um crime relacionado com gangues criminosos, segundo a polícia.

No início da manhã, três outros árabes foram mortos em incidentes separados: um árabe israelita de 32 anos foi morto a tiro também em Shfaram, embora não esteja claro se a sua morte está relacionada, e outro homem de 30 anos foi assassinado quando estava no seu carro na cidade de Kfar Kanna, também no norte.

Hoje de manhã, um menor de 17 anos morreu num violento incidente na cidade beduína de Rahat, no sul do país.

No início da manhã também houve vários tiroteios noutros eventos em cidades árabes de Israel, que deixaram 18 feridos.

Segundo a organização Abraham Initiatives, que defende soluções para acabar com a violência, 111 árabes morreram este ano, uma diferença substancial em relação a 2022, quando 46 pessoas form vítimas de crimes entre gangues árabes.

Os árabes de Israel são palestinianos ou descendentes dos que permaneceram no país após a criação do Estado, em 1948, e atualmente constituem cerca de 21% da população israelita.

Historicamente, denunciaram a discriminação por parte do Estado e o tratamento como cidadãos de segunda classe, enquanto atualmente acusam a indiferença das instituições israelitas e a inação da Polícia para acabar com a violência nas suas comunidades.

Segundo representantes políticos e entidades da sociedade civil árabe, a violência tem contribuído para a disseminação do crime organizado, o aumento dos homicídios e as crescentes disputas entre clãs, num contexto em que também cresce a posse de armas.

O assassínio de cinco pessoas em Nazaré no início deste mês, ligado a uma guerra aberta entre duas famílias do crime organizado, gerou greves e protestos em comunidades árabes israelitas que exigem mais atenção do governo e a demissão do ministro da Segurança Nacional, Itamar Ben Gvir, de ultra direita e antiárabe.

Leia Também: Reforma judicial. Dezenas de reservistas israelitas ameaçam não servir

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