"Um dos nossos colegas morreu na sequência dos ferimentos, ontem [domingo], depois de ter recebido cuidados médicos em Dacar, no Senegal", declarou Stéphane Dujarric, porta-voz do secretário-seral da ONU, citado pela agência France-Presse, apresentando as suas "condolências" à família e ao Governo do Burkina Faso, de onde o militar era natural.
Na sexta-feira, a Missão Multidimensional Integrada de Estabilização das Nações Unidas no Mali (Minusma) tinha já anunciado a morte de um dos seus 'soldados da paz' e alertou que outros quatro tinham ficado gravemente feridos num "ataque complexo" contra uma patrulha nos arredores da cidade de Ber (norte).
Numa mensagem na rede social Twitter, a Minusma disse que a patrulha foi alvo de um ataque com um engenho explosivo artesanal, após o que os atacantes abriram fogo contra os militares.
"As informações preliminares são de um 'capacete azul' morto e quatro gravemente feridos", detalhou então a Minusma, sem atribuir a responsabilidade pelo ataque nem identificar a nacionalidade das vítimas.
Os 'capacetes azuis' estão destacados no país desde 2013, embora as relações se tenham deteriorado na sequência dos golpes de Estado liderados por Assimi Goita em agosto de 2020 e julho de 2021 e dos adiamentos da junta militar no poder na definição de um calendário eleitoral para uma transição democrática.
O Mali e os restantes países do Sahel registaram um recrudescimento da violência, tanto radical islâmica, de grupos ligados à Al-Qaida e ao extremista Estado Islâmico, como intercomunitária, o que levou a França e os países do G5 Sahel - Burkina Faso, Chade, Mali, Mauritânia e Níger - a intensificar as suas operações.
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