Serhi Lisak lembrou que a região foi palco esta semana de outros bombardeamentos russos que provocaram 20 mortos e mais de 310 feridos.
Os ataques atingiram o bairro de Samar, na cidade de Dnipro, adiantou Lisak, que referiu que a maioria dos feridos foi hospitalizada.
"Quase diariamente, a região de Dnipropetrovsk sofre ataques inimigos. Mísseis, 'drones', artilharia. A Rússia ataca deliberadamente infraestruturas civis e zonas residenciais, ceifando a vida de civis", denunciou Lisak, momentos antes de informar sobre os primeiros bombardeamentos de hoje.
Lisak expressou-se nestes termos em referência aos ataques de terça-feira, que deixaram um total de 340 vítimas.
"As operações de busca e salvamento continuam. Ainda há pessoas desaparecidas", disse o governador.
Os ataques russos de hoje não se ficaram apenas pela província de Dnipropetrovsk, com Moscovo a reivindicar ofensivas com mísseis hipersónicos e 'drones' contra uma base militar na Ucrânia, sem que a tenha identificado.
O anúncio da ofensiva russa surge depois de a Força Aérea ucraniana ter denunciado o lançamento de mais de 360 aparelhos não tripulados e oito mísseis contra o seu território, sem que, até ao momento, haja informações sobre vítimas ou danos.
Num comunicado divulgado na rede social Telegram, o Ministério da Defesa russo indicou que as Forças Armadas lançaram "um ataque com armas de precisão e longo alcance, incluindo mísseis hipersónicos 'Kinzhal' e 'drones', contra a infraestrutura de uma base aérea militar", sem especificar qual foi o objetivo deste ataque ou as suas consequências.
Além disso, salientou que, entre 21 deste mês e hoje, realizou seis ataques deste tipo contra "empresas do complexo militar-industrial da Ucrânia, instalações energéticas, de combustível e portuárias que prestam serviços às Forças Armadas da Ucrânia, estações de radar, armazéns de munições e combustível, arsenais, fábricas, pontos de lançamento de drones, bases militares e zonas de destacamento de militares e mercenários".
A Força Aérea ucraniana indicou na sua conta no Telegram que as tropas russas lançaram 363 'drones' 'kamikaze', dois mísseis 'Kinzhal' e seis mísseis de cruzeiro 'Kalibr' contra o país, antes de especificar que o principal alvo foi a localidade de Starokostiantikiv, na província de Jmelnitski, que abriga uma das principais bases aéreas nas operações ucranianas desde o início da invasão russa, desencadeada em fevereiro de 2022 por ordem do presidente da Rússia, Vladimir Putin.
Por outro lado, o governo russo anunciou a tomada da localidade de Novaya Krugliakovka, situada na província de Kharkiv (nordeste), no âmbito da invasão, sem que Kiev se tenha pronunciado até ao momento sobre este assunto.
As forças russas conseguiram vários avanços nos últimos meses no leste e nordeste da Ucrânia, concentrados principalmente na província de Donetsk, uma das quatro que foram anexadas em 2023 por Moscovo, uma medida não reconhecida internacionalmente que se somou à anexação em 2014 da península da Crimeia.
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