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Espanha teve a primavera mais quente e a 2.ª mais seca de que há registo

A primavera de 2023 foi a mais quente e a segunda mais seca em Espanha desde 1961, ano em que começou a haver registos oficiais, disse hoje a Agência Estatal de Meteorologia do país (Aemet).

Espanha teve a primavera mais quente e a 2.ª mais seca de que há registo
Notícias ao Minuto

19:19 - 07/06/23 por Lusa

Mundo 2023

A primavera meteorológica de 2023 (de 01 de março a 31 de maio) em Espanha foi "extremamente quente", com a temperatura média no território continental europeu (exclui os arquipélagos das Canárias e Baleares e as cidades de Ceuta e Melilla, no Norte de África) a ser 14,2 graus centígrados, mais 0,3 do que o valor mais alto registado até agora, em 1997, disse um porta-voz da Aemet, Rubén del Campo, na apresentação de um relatório hoje em Madrid.

A Aemet destacou, em especial, os dias entre 25 e 29 de abril, em que houve "um episódio significativo de altas temperaturas", as mais altas para essas datas desde, pelo menos, 1950.

Naqueles dias, a cidade de Córdoba, no sul de Espanha, registou 38,8 graus centígrados de máxima, a temperatura mais alta já registada no território continental espanhol num mês de abril.

Quanto à chuva, a primavera de 2023 foi a segunda mais seca desde que há registos oficiais em Espanha, com uma precipitação acumulada no território continental de 95 litros por metro quadrado, 53% do valor médio do período de referência, que vai de 1991 a 2020.

Segundo a Aemet, só foi mais seca a primavera de 1995, com 85 litros de chuva por metro quadrado.

Estes dois anos são também "os únicos dois casos, desde pelo menos 1961, em que não se chegaram a acumular um mínimo de 100 litros por metro quadrado na primavera", disse o porta-voz da Aemet.

Segundo a agência, ao contrário de março e abril, em maio registaram-se níveis de temperatura e de precipitação considerados normais para esta época do ano.

Espanha está em seca meteorológica, por níveis muito baixos de chuva, desde o início do inverno de 2021-2022, além de ter uma situação de "seca de longa duração" desde finais de 2022, uma classificação que resulta da análise da quantidade de precipitação nos 36 meses anteriores.

No relatório, a Aemet confirmou que 2022 foi um ano "extremamente quente" em Espanha, com três ondas de calor que somaram um total de 41 dias e superaram o recorde anterior de 29 dias, registado em 2015.

O ano passado foi o mais quente desde que há registos oficiais em Espanha.

Segundo organismos oficiais, 2022 foi o segundo ano mais quente de que há registo na Europa e o sexto mais quente em todo o mundo.

O porta-voz da agência espanhola de meteorologia disse hoje que as probabilidades apontam também para um verão "muito quente" em Espanha este ano.

Coincidindo com a seca e com o calor, Espanha já registou este ano grandes incêndios florestais, como um fogo que queimou mais de 8.000 hectares em maio na Extremadura (na fronteira com Portugal) e outro em que arderam pelo menos 4.000 hectares no leste do país, no final de março.

No final do mês de março, Espanha registou mesmo uma onda de fogos, com dezenas de incêndios em várias regiões do país.

Em 2022, Espanha foi o país mais afetado da Europa pelos incêndios, com quase 500 fogos que consumiram mais de 300.000 hectares, de acordo com o Sistema Europeu de Informação sobre Incêndios Florestais (EFFIS).

Leia Também: Chuva e calor acima do normal. "Depressão complexa" a caminho do país

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