A Ucrânia ainda não lançou uma contraofensiva planeada para reconquistar o território ocupado pela Rússia.
O secretário do Conselho Nacional de Segurança e Defesa da Ucrânia, Oleksiy Danilov, afirmou esta quarta-feira que o início será óbvio para todos, assim que acontecer, recusando as declarações das autoridades russas que davam conta que a contraofensiva já teria começado.
"Isso não é verdade. Quando tudo começar, será decidido pelos nossos militares. Quando começarmos a contraofensiva, todos saberão, vão ver", disse Danilov em entrevista à agência Reuters, esclarecendo que Moscovo confundiu os avanços das tropas ucranianas em alguns locais da linha da frente com o início da (tão esperada) contraofensiva já anunciada pela Ucrânia.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, afirmou na terça-feira que a destruição da barragem hidroeléctrica de Kakhovka não alterou os planos da contraofensiva preparada há meses pela Ucrânia.
"A explosão da barragem não afetou a capacidade da Ucrânia de liberar os seus próprios territórios. O estado de prontidão [das tropas] é máximo", reiterou o líder ucraniano, após uma reunião com a equipa.
Recorde-se que a barragem de Kakhovka é uma estrutura fundamental no sul da Ucrânia que fornece água à Crimeia, a península anexada pela Rússia em 2014.
Considerada no início da invasão como um alvo prioritário para os russos, esta barragem hidroelétrica no rio Dnipro está agora na linha da frente entre as regiões controladas por Moscovo e o resto da Ucrânia.
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