A decisão do presidente surgiu depois de ter comparecido na Assembleia Nacional, no dia 16 de maio, para apresentar a sua defesa num processo de alegado desvio de fundos (peculato), processo iniciado pela oposição e que poderia levar à sua destituição.
Lasso defendeu-se perante o parlamento, insistindo que não havia provas ou testemunhos de irregularidades.
Os legisladores acusam Lasso de não ter atuado para rescindir um contrato com várias irregularidades entre a empresa estatal de transporte de petróleo Flota Petrolera Ecuatoriana e a entidade privada Amazonas Tankers.
Ao dissolver o parlamento, o presidente recorreu pela primeira vez a uma opção dada pela Constituição em caso de conflito com o poder legislativo.
As eleições, as terceiras no Equador em quatro anos, tiveram de ser convocadas dentro de três meses, tanto para a assembleia como para a presidência, e os candidatos vencedores irão cumprir até 2025 o restante mandato interrompido pela atual situação política no país.
Se necessário, será realizada uma segunda volta eleitoral em outubro.
Lasso, um ex-banqueiro, foi eleito em 2021 e enfrentou desde o início do mandato uma forte oposição na Assembleia Nacional, composta por 137 membros.
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