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Político russo morre misteriosamente. Tinha condenado "invasão fascista"

Vice-ministro morreu num avião, quando regressava à Rússia.

Político russo morre misteriosamente. Tinha condenado "invasão fascista"
Notícias ao Minuto

21:46 - 23/05/23 por Notícias ao Minuto

Mundo Guerra na Ucrânia

Um vice-ministro russo morreu, misteriosamente, depois de ter criticado, alegadamente, a "invasão fascista" da Rússia à Ucrânia, numa conversa privada.

Pyotr Kucherenko, vice-ministro de Ciências e Educação Superior, adoeceu repentinamente num voo, no sábado, quando viajava de Cuba para a Rússia, segundo informou a assessoria de imprensa de seu ministério no domingo.

"Kucherenko sentiu-se mal quando se encontrava num avião com uma delegação russa que regressava de uma viagem de negócios a Cuba. O avião aterrou na cidade de Mineralnye Vody, onde os médicos tentaram prestar assistência", referia a nota que informava que não tinha sido possível salvar o político, de 46 anos.

Fonte próxima à cantora Diana Gurtskaya, esposa de Kucherenko, disse à imprensa estatal que a família acreditava que a morte de Pyotr Kucherenko estava ligada a um problema cardíaco, mas que esperariam pelos resultados da autópsia, agendada para quarta-feira.

Tal como nota a imprensa internacional, no Telegram, Roman Super, jornalista independente que fugiu da Rússia logo após o início da invasão, disse que tinha falado com Kucherenko "poucos dias" antes de fugir e que este o tinha incentivado a abandonar o país.

"Salva-te a ti e à tua família. Sai o mais depressa possível. Não consegues imaginar o grau de brutalização do nosso Estado. Dentro de um ano, não reconhecerás a Rússia. Estás a fazer a coisa certa", avisou Kucherenko, segundo o jornalista.

Roman Super terá perguntado ao político se este também queria deixar a Rússia, tendo este respondido: "Já não é possível. Eles tiraram-nos os passaportes. E não existe um mundo em que eles possam estar satisfeitos com o vice-ministro russo depois desta invasão fascista".

Além disso, Kucherenko terá contando ao jornalista que estava a tomar antidepressivos e tranquilizantes "às mãos cheias". "E não ajuda muito. Quase não durmo. Sinto-me péssimo. Somos todos reféns. Ninguém pode dizer nada. Caso contrário, somos imediatamente esmagados como insetos", disse, de acordo com Super.

Esta terça-feira, o Kremlin disse não ter conhecimento da causa de morte de Kucherenko. 

Sublinhe-se que esta é uma das várias mortes misteriosas entre as elites russas nos últimos meses.

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