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Partido tunisino Ennahdha aponta "veredicto político" contra Ghannouchi

O movimento islâmico conservador tunisino Ennahdha, na oposição, considerou hoje um "veredicto político injusto" a pena de um ano de prisão imposta ao seu líder Rached Ghannouchi.

Partido tunisino Ennahdha aponta "veredicto político" contra Ghannouchi
Notícias ao Minuto

14:31 - 16/05/23 por Lusa

Mundo Tunísia

Ghannouchi, 81 anos, principal opositor do Presidente Kais Saied, está preso desde 17 de abril na sequência de declarações em que afirmou que a Tunísia estaria ameaçada por uma "guerra civil" se os partidos de esquerda ou os do Islão político, como o Ennahdha, fossem eliminados.

A condenação na segunda-feira a um ano de prisão por "apologia do terrorismo" está ligada a um outro caso em que Ghannouchi foi ouvido em fevereiro pela unidade judicial antiterrorista, antes de ser libertado.

A audição seguiu-se a uma queixa apresentada por um sindicato da polícia que o acusou de "incitar os tunisinos a matarem-se uns aos outros", por ter dito, no início de 2022, no funeral de um dirigente do Ennahdha, que o falecido "não temia dirigentes nem tiranos".

"Condenamos a sentença contra Rached Ghannouchi, consideramo-la um veredicto político injusto e apelamos à sua libertação", declarou o Ennahdha num comunicado.

O movimento disse que Ghannouchi, que liderava o parlamento dissolvido por Saied quando este assumiu plenos poderes em julho de 2021, "rejeitou o extremismo e o terrorismo nas suas declarações e escritos e defendeu a moderação".

Além da pena de um ano de prisão, Ghannouchi foi multado em 1.000 dinares (300 euros).

O opositor, um dos maiores críticos de Saied, já tinha também sido ouvido em novembro de 2022 por um juiz da divisão judicial antiterrorista num processo relacionado com o alegado envio de 'jihadistas' para a Síria e para o Iraque.

Ghannouchi é o mais conhecido opositor detido desde o golpe de Estado do Presidente Kais Saied, em julho de 2021.

Desde o início de fevereiro, as autoridades detiveram mais de 20 opositores e personalidades, incluindo antigos ministros, empresários e o proprietário da estação de rádio mais ouvida do país, a Mosaïque FM.

Leia Também: Turquia "preocupada" com detenção do líder do Ennahdha na Tunísia

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