Numa nota enviada à agência de notícias francesa AFP, Oumar Traore, chefe de gabinete do coronel Goita, foi uma das vítimas de uma emboscada perto da cidade de Nara, numa região assolada por ataques terroristas. O funeral decorre hoje em Kati, uma cidade perto da capital Bamako, disse a mesma fonte.
As outras três vítimas são um guarda de segurança, um empreiteiro e um motorista e também há outro condutor que está desaparecido.
A delegação "das obras sociais do presidente" tinha ido à procura de poços para a população local perto da cidade de Nara, não muito longe da floresta de Wagadou.
Um responsável administrativo da região disse à AFP que "a missão não tinha uma escolta adequada".
Um político local advertiu que a situação de segurança na região está a deteriorar-se a cada dia que passa.
O Mali tem sido flagelado pela propagação do terrorismo e violência de todos os tipos, desde o surgimento de rebeliões no norte do país, em 2012.
Apesar da presença de forças internacionais, esta violência alastrou ao centro do país e aos vizinhos Burkina Faso e Níger. O fenómeno está a alastrar-se para sul.
Além da questão da segurança, o Mali é afetado ainda por uma profunda crise humanitária e política. Os coronéis que tomaram o poder pela força em 2020 no Mali quebraram a aliança militar com a França e os seus parceiros em 2022, e voltaram-se para a Rússia.
Os coronéis no poder comprometeram-se, sob pressão internacional, a entregar o Governo aos civis até março de 2024.
Assimi Goïta validou em março um projeto de constituição a ser submetido a referendo numa data ainda por fixar, e pediu aos atores políticos e da sociedade civil que explicassem as questões em jogo em todo o país.
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