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PM de Israel e Presidente dos Emirados Árabes discutem reforço de laços
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, e o Presidente dos Emirados Árabes Unidos (EAU), Mohammed bin Zayed Al Nahyan, discutiram terça-feira como fortalecer os laços entre os dois estados, sem abordarem as tensões entre israelitas e palestinianos.
© Reuters
Mundo Netanyahu
Ambos expressaram o "compromisso de trabalhar para continuar a fazer avançar o pacto histórico" que normalizou os seus laços em 2020, segundo um comunicado divulgado pelo gabinete do chefe do Executivo israelita.
Os dois líderes comprometeram-se a expandir os laços "noutras áreas importantes" e "concordaram em continuar o diálogo numa nova reunião proximamente", acrescentou a mesma fonte.
Bin Zayed mostrou o seu "compromisso permanente com as relações bilaterais entre os dois Estados e destacou os esforços de cooperação e abordagem estratégica para a paz e o desenvolvimento de toda a região", informou a agência de notícias oficial dos Emirados.
Os Acordos de Abraão -- que também marcaram a formalização de relações entre Israel e outros países árabes, como Bahrein, Sudão e Marrocos -- resultaram na rápida aceleração dos laços diplomáticos, económicos ou comerciais entre o Estado judaico e os Emirados Árabes Unidos.
O Presidente dos Emirados sublinhou que estes acordos são "um quadro eficaz para continuar a promover a cooperação bilateral" e, entre outras questões, referiu-se à parceria económica global entre os dois países, que entrou em vigor a 01 de abril de 2023.
Bin Zayed disse que os Emirados Árabes Unidos estão a trabalhar ao lado de Israel, outros países árabes e parceiros internacionais "para avançar no caminho para a paz e a estabilidade" na região, sem qualquer referência explicita ao conflito isrealo-palestiniano, que tem suscitado algumas divergências entre os dois países.
Em março, de acordo com o programa de notícias israelita Channel 12, os Emirados congelaram a compra de equipamentos militares a Israel devido às políticas de colonatos do Governo de Netanyahu, o mais à direita na história do país.
Os Emirados também mostraram desconforto com a visita do ministro da Segurança Nacional de Israel, o líder da extrema-direita Itamar Ben Gvir, à Esplanada das Mesquitas, em janeiro, e com as declarações do ministro das Finanças, Bezalel Smotrich.
Entre outras polémicas, este último -- também de extrema-direita -- disse há semanas que "não existe povo palestiniano", o que provocou uma onda de condenação entre os países árabes, incluindo os Emirados.
Leia Também: PM israelita adia oficialização da demissão de ministro da Defesa
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