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EUA permitem permanência de refugiados ucranianos por mais tempo

O Governo norte-americano está a permitir que milhares de ucranianos que fugiram do seu país após a invasão russa permaneçam nos Estados Unidos (EUA) por mais tempo, anunciaram hoje fontes oficiais.

EUA permitem permanência de refugiados ucranianos por mais tempo
Notícias ao Minuto

20:56 - 13/03/23 por Lusa

Mundo Ucrânia/Rússia

O Departamento de Segurança Interna disse que a extensão é para certos cidadãos ucranianos e seus familiares imediatos que foram autorizados a entrar nos EUA antes do início do programa 'Uniting for Ukraine'. A decisão oferece alívio aos ucranianos cuja autorização de um ano para permanecer nos EUA deverá expirar em breve.

Os ucranianos que entraram no país através deste programa receberam, na maioria, autorização de permanência de dois anos nos EUA, enquanto aqueles que chegaram antes deles geralmente receberam permissão para ficar apenas por um ano.

O Governo norte-americano usou um programa chamado 'liberdade condicional humanitária' para admitir no país milhares de refugiados ucranianos.

Este programa permite que estrangeiros entrem nos Estados Unidos com caráter de urgência devido a uma situação humanitária, mas geralmente tem um período de tempo limitado - de um ou dois anos - e deve ser renovado para que esses cidadãos permaneçam mais tempo.

Nos últimos anos, essa modalidade tem sido empregada como uma solução rápida para lidar com as consequências das muitas crises internacionais que ocorreram quando o sistema de refugiados dos EUA, que foi desmantelado pelo Governo de Donald Trump, estava a ser reconstruído.

Agora, numerosos grupos estão a ver a sua permissão para permanecer nos Estados Unidos expirar nos próximos meses, incluindo dezenas de milhares de afegãos.

Milhares de refugiados não sabem se serão expulsos dos Estados Unidos quando o seu estatuto legal expirar a as empresas em que trabalham precisam garantir que estejam devidamente autorizados a permanecer no país.

A Ucrânia e a imigração têm sido temas polémicos entre os políticos Republicanos, céticos face à continuidade da ajuda a Kiev e que acusaram o Governo de Joe Biden de não fazer o suficiente para controlar a migração na fronteira sul dos EUA.

Mas mesmo neste ambiente político, houve poucas tentativas para forçar os ucranianos a voltar para casa, refletindo a aceitação generalizada de que ainda é muito perigoso fazerem-no.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou até agora a fuga de mais de 14,6 milhões de pessoas -- 6,5 milhões de deslocados internos e mais de 8,1 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Neste momento, pelo menos 18 milhões de ucranianos precisam de ajuda humanitária e 9,3 milhões necessitam de ajuda alimentar e alojamento.

A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.

A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 8.231 civis mortos e 13.734 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.

Leia Também: Extensão de acordo de cereais "apenas por 60 dias"? Ucrânia contesta

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