"A nossa economia está a ir na direção certa", garantiu o presidente norte-americano durante uma conferência de imprensa na Casa Branca, sobre os mais recentes números do emprego.
Relativamente à escalada dos preços, ainda duramente sentida pelas famílias, Biden fez a mesma análise: "estamos no bom caminho", frisou o chefe de Estado norte-americano, reconhecendo, no entanto, que "ainda há trabalho" a fazer.
Biden acrescentou que está à espera que as próximas estatísticas sobre os preços, na próxima semana, estejam "de boa saúde".
O Democrata, de 80 anos, não quis comentar diretamente as declarações feitas esta semana pelo presidente da Fed, o poderoso banco central norte-americano.
No Senado na terça-feira, Jerome Powell disse que os últimos dados económicos tinham sido melhores do que o esperado e sugeriu que a restauração da estabilidade dos preços exigiria a manutenção de uma política monetária "restritiva" durante "algum tempo", algo que não foi bem recebido pelos mercados.
O presidente da Fed tentou na quarta-feira, no Congresso, suavizar a mensagem enviada na véspera ao Senado e insistiu que ainda não está decidido quanto subirão as taxas de juro na próxima reunião de política monetária da Fed.
A Fed pode ter que aumentar as taxas de juro para conter os preços, sob risco de desacelerar a economia.
Biden estimou que o risco de incumprimento da dívida norte-americana é atualmente "a maior ameaça" à economia do país, considerando que a oposição Republicana é a única responsável por esta eventualidade.
O Congresso dos EUA deve aumentar regularmente o teto da dívida para permitir que o país continue a honrar os seus compromissos financeiros.
Esta votação de rotina, no entanto, tornou-se cada vez mais contenciosa ao longo dos anos.
Os Republicanos, que lideram agora a Câmara de Representantes, recusam-se atualmente a votar a favor deste aumento, condicionando o seu acordo a uma redução da despesa pública.
Sem um acordo, os Estados Unidos podem entrar em incumprimento ('shutdown') a partir de julho, um cenário sem precedentes com consequências potencialmente severas para a economia mundial.
Leia Também: "Corrida aos subsídios" dos EUA? UE reforça fabrico de tecnologia limpa