Os serviços de segurança russos afirmam ter detido em Sevastopol, na Crimeia, duas pessoas que terão sido recrutadas pelos serviços secretos ucranianos para "transferir informações, em troca de uma recompensa monetária, sobre a localização de material pertencente ao Ministério da Defesa da Federação Russa, cuja fuga para o estrangeiro poderia prejudicar a capacidade defensiva do país".
A informação é avançada pela agência noticiosa estatal russa TASS, que acrescentou ainda que os dois indivíduos foram acusados do crime de traição - podendo, assim, enfrentar até 20 anos de prisão.
Foram preventivamente detidos pelo período de dois meses.
De recordar que a Crimeia foi anexada pela Rússia no ano de 2014, numa ação que, até ao momento, carece de reconhecimento por parte da comunidade internacional.
No âmbito da recente invasão russa sobre a Ucrânia, o país liderado por Volodymyr Zelensky admitiu que é seu objetivo retomar o controlo desta região, atualmente sob controlo de forças pró-russas.
Desde o início da guerra, a 24 de fevereiro do ano passado, os países da NATO e da União Europeia apressaram-se a disponibilizar apoio financeiro, militar e humanitário para ajudar a Ucrânia a fazer face à invasão da Rússia. O país invasor, por outro lado, foi alvo de pacotes de sanções consecutivos (e concertados) aplicados pelos parceiros de Kyiv.
Até agora, mais de 8 mil civis morreram, ao passo que mais de 13 mil ficaram feridos na sequência dos combates no terreno, segundo os cálculos da Organização das Nações Unidas (ONU).
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