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"Europa já está indiretamente em guerra com a Rússia"

Viktor Orbán admite que é "vital" para a Hungria fazer parte da NATO, mas recusa enviar armamento para a Ucrânia.

"Europa já está indiretamente em guerra com a Rússia"
Notícias ao Minuto

17:32 - 18/02/23 por Notícias ao Minuto com Lusa

Mundo Guerra na Ucrânia

O primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, afirmou, este sábado, que a Europa está "indiretamente em guerra com a Rússia". 

As declarações de Orbán foram feitas durante o seu discurso anual do estado da nação, em Budapeste, quando abordava o material militar que os países europeus têm enviado para a Ucrânia.

"A Europa está a entrar na guerra nestes exatos minutos, está a fazer um ato de equilíbrio perigoso. Na verdade, eles já estão indiretamente em guerra com a Rússia", afirmou.

"Começou com capacetes... agora estão a enviar tanques, e os caças estão na agenda, e logo ouviremos falar das chamadas tropas de manutenção da paz", acrescentou.

Prevendo que os combates na Ucrânia possam durar anos, o primeiro-ministro húngaro reafirmou que a Hungria não irá fornecer armas a Kyiv e reiterou que o país - que vê como "vital" a sua presença na NATO -  não encara Moscovo como uma ameaça para a aliança.

Para Orbán, a NATO deve permanecer uma aliança de defesa em vez de ser usada para "atacar coletivamente um terceiro país".

"A Hungria deve evitar envolver-se na guerra. Isso não é fácil como membro da NATO e da União Europeia (UE), porque todos estão do lado da guerra exceto nós", disse o chefe do governo.

O governo de Orbán é considerado o melhor aliado de Moscovo na UE, ao criticar sempre as sanções impostas pela UE à Rússia pela sua invasão da Ucrânia, apesar de a Hungria ter até agora aderido a todas as sanções como país membro da UE.

O primeiro-ministro húngaro esclareceu na sua intervenção de hoje que o seu país manterá relações económicas com a Rússia e aconselhou o resto da UE a seguir o exemplo, ao mesmo tempo que culpou as sanções pelo aumento da inflação, especialmente no setor da energia.

A taxa de inflação da Hungria no mês passado excedeu 25%, o valor mais alto da UE.

A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro do ano passado, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Um ano depois, sabe-se que a guerra contra a Ucrânia gerou mais de 14 milhões de deslocados: oito milhões fugiram para países vizinhos e 6,5 milhões permaneceram em território ucraniano, mas fora do local habitual de residência, segundo dados da ONU.

Mas ninguém sabe ao certo quantas pessoas morreram.

Entre os civis, a ONU contabilizou já mais de 7.150 mortos e quase 11.700 feridos, mas sempre que atualiza os dados avisa que os números reais serão mais elevados.

Do lado dos militares, as informações ou são exageradas ou pecam por defeito, dependendo do lado que as divulga.

A Ucrânia reclamou, no início de fevereiro, mais de 133 mil soldados russos mortos, quase 400 mil feridos e cerca de um milhar de prisioneiros.

[Notícia atualizada às 18h18]

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