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Argélia abre fronteira com Marrocos para repatriar corpos de migrantes

A fronteira entre Marrocos e Argélia, fechada desde 1994, abriu hoje de manhã de forma excecional para permitir o repatriamento dos corpos de dois migrantes marroquinos que se afogaram em águas argelinas na tentativa de chegar a Espanha.

Argélia abre fronteira com Marrocos para repatriar corpos de migrantes
Notícias ao Minuto

16:13 - 30/01/23 por Lusa

Mundo Migrações

Os corpos dos dois migrantes em situação irregular foram entregues depois do meio-dia por pessoal médico de uma ambulância argelina no ponto fronteiriço de Zouj Bghal, a cerca de 15 quilómetros da cidade de Oujda, no nordeste de Marrocos.

O presidente da Associação de Ajuda a Migrantes em Situação Vulnerável, Hassan Ammari, testemunha da entrega dos dois corpos, explicou à agência noticiosa espanhola EFE que as autoridades argelinas e marroquinas concordaram em abrir o corredor humanitário graças à mediação daquela organização, bem como de outras associações e ativistas dos dois Estados.

Ammari indicou que os dois migrantes eram originários de Casablanca e de El Aiun e que se afogaram na tentativa de chegar a Espanha num barco que partira da costa argelina de Oram.

O ativista marroquino acrescentou que já foram entregues pelo menos 56 cadáveres de migrantes nas poucas vezes que a fronteira terrestre foi aberta.

É a segunda vez numa semana que a fronteira terrestre entre os dois países magrebinos é aberta de forma excecional. Na passada quinta-feira, foi entregue o corpo de uma jovem marroquina que também se afogou em águas argelinas na tentativa de chegar à costa espanhola.

A abertura da fronteira terrestre surge num momento de agravamento da tensão diplomática entre os dois países do norte de África desde que Argel rompeu relações diplomáticas com Rabat e fechou o seu espaço aéreo aos aviões marroquinos, em agosto de 2021.

A fronteira terrestre entre a Argélia e Marrocos encontra-se encerrada desde 1994 por decisão de Argel, após um atentado terrorista cometido na cidade marroquina de Marraquexe, que Rabat atribuiu indiretamente à Argélia, impondo um visto obrigatório aos argelinos, medida que ainda vigora.

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