Meteorologia

  • 11 MAIO 2024
Tempo
15º
MIN 15º MÁX 23º

Ucrânia. Comité suíço quer rever proibição de reexportação de armamento

Um comité parlamentar suíço recomendou hoje a revisão da lei que proíbe o país de reexportar armamento suíço para a Ucrânia e considerou que a decisão não viola a tradicional neutralidade do país.

Ucrânia. Comité suíço quer rever proibição de reexportação de armamento
Notícias ao Minuto

21:31 - 25/01/23 por Lusa

Mundo Ucrânia/Rússia

O Comité de Política de Segurança da câmara baixa do parlamento suíço aprovou por 14 votos a favor e 11 contra o pedido de autorização para uma exceção na reexportação nos casos que envolvam o uso da força que viole a lei internacional, numa referência à invasão militar russa da Ucrânia iniciada há 11 meses.

O conceito de neutralidade está expresso na Constituição suíça. Esta votação constitui um primeiro passo, e está longe de ser adotada, dependendo do Governo a decisão final.

"A maioria do comité acredita que a Suíça deve fornecer a sua contribuição à segurança europeia, e que requer uma ajuda mais substancial à Ucrânia", indica a declaração. Este órgão insiste que as alterações sugeridas "respeitam a lei da neutralidade" pelo facto de não envolverem diretamente exportações de diverso tipo de armamento suíço para zonas de conflito.

Desde o início da guerra em fevereiro passado que decorre na Suíça um intenso debate sobre a forma como o país deve abordar o conflito na Ucrânia.

Até ao momento, as principais decisões relacionam-se com a adesão às sanções económicas decretadas pela União Europeia contra Moscovo, apesar de não integrar o bloco comunitário.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou até agora a fuga de mais de 14 milhões de pessoas -- 6,5 milhões de deslocados internos e quase oito milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Neste momento, 17,7 milhões de ucranianos precisam de ajuda humanitária e 9,3 milhões necessitam de ajuda alimentar e alojamento.

A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.

A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 7.068 civis mortos e 11.415 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.

Leia Também: Moçambique. Supremo britânico analisa recurso sobre 'Dívidas Ocultas'

Recomendados para si

;
Campo obrigatório