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PR timorense vai dar a conhecer oportunidades do país no Fórum de Davos

O Presidente da República timorense disse hoje que vai aproveitar a participação no Fórum Económico de Davos, na Suíça, para dar conta das novas oportunidades económicas de Timor-Leste.

PR timorense vai dar a conhecer oportunidades do país no Fórum de Davos
Notícias ao Minuto

08:44 - 16/01/23 por Lusa

Mundo Fórum de Davos

"Mais do que encontros com chefes de Estado, estou mais interessado em encontros com o mundo empresarial e de negócios, os grandes investidores, na área da digitalização, tecnologias de informação, bancos e financiamento", disse José Ramos-Horta à Lusa, antes de partir.

"Vou igualmente dar a conhecer o impacto da adesão de Timor-Leste à ASEAN [Associação de Nações do Sudeste Asiático], que reflete o sucesso da diplomacia timorense nas suas relações, sobretudo com a Indonésia e outros países da região e dar a conhecer as oportunidades de Timor-Leste", explicou.

Ramos-Horta partiu hoje de Díli para a Suíça onde participa, a convite do presidente do Fórum Económico Mundial, Klaus Schwab, nos encontros deste ano, que incluem igualmente um almoço debate promovido pelo Washington Post.

"As grandes vantagens de Davos têm a ver com a rede de contactos que se estabelece, o 'network' com os presentes. Terei igualmente oportunidade de dialogar com a equipa de George Soros [empresáros dos EUA] que está a fazer um estudo sobre novas estratégicas económicas para Timor-Leste", notou.

O chefe de Estado sublinhou a importância do encontro para discutir temas mais abrangentes, inclusive sobre o que considera ser as boas notícias de Timor-Leste.

"Será uma oportunidade de mostrar o sucesso de Timor-Leste em manter o país em paz e tranquilidade, apesar de todos os imensos desafios que enfrentamos, incluindo do ponto de vista económico e no contexto desta grave crise mundial, económica, social, humanitária provocadas por diferentes causas e origens, pandemia, guerra na Ucrânia e agora recessão global", disse à Lusa.

"Apesar de tudo, Timor continua tranquilo e é bom poder dar uma nota de otimismo, algo positivo no mundo", frisou.

Ramos-Horta disse que aproveitará as suas intervenções para deixar mensagens sobre dois temas importantes, nomeadamente a Ucrânia e o debate sobre a transição para as energias renováveis.

No caso da Ucrânia, disse, "o falhanço do conselho de segurança da ONU em evitar o conflito e mediar uma solução ao conflito" com a guerra a afetar todo o planeta.

"São consequências catastróficas e exige-se um repensar do sistema de segurança coletivo internacional, na medida em que a arquitetura de segurança montada desde a Segunda Guerra Mundial falhou muitas vezes ao longo da história e é cada vez menos representativa do mundo atual", disse.

No capítulo da transição para renováveis, Ramos-Horta contesta a ideia de que não podem avançar novos projetos de exploração de petróleo e gás -- como o do Greater Sunrise no Mar de Timor -- afirmando que isso penaliza nações mais jovens.

"Refiro-me à senhora Greta [Thunberg] e tantos outros jovens que falam em fazer pressão sobre as petrolíferas para não apoiarem novos projetos de desenvolvimento, novas explorações", explicou.

"Então significa que eles estão a dizer que podemos perpetuar as explorações de gás e petróleo em curso, feito pelos EUA, Arábia Saudita, Rússia, os países do Golfo e só os países jovens, mais recentes, como o caso de Timor-Leste, Guiana, Moçambique, países mais recentes, pobres da periferia, é que estariam proibidos de fazer uso dos seus recursos estratégicos", afirmou.

No caso de Timor-Leste, onde a economia depende ainda significativamente das receitas do petróleo e gás natural, Ramos-Horta enfatizou: "Entreguem 100 mil milhões de dólares em 'cash' a Timor-Leste, em bloco não em tranches, e então abandonaremos qualquer projeto ou plano de exploração do Greater Sunrise. Caso contrário, estas posições são ridículas", disse.

Ramos-Horta regressa a Timor-Leste no final desta semana.

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