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Repatriadas para Espanha mulheres de combatentes do Estado Islâmico

Duas das quatro mulheres que fugiram para a Síria, para se juntar ao Estado Islâmico, aterraram na segunda-feira em Espanha, onde serão agora julgadas.

Repatriadas para Espanha mulheres de combatentes do Estado Islâmico

Yolanda Martínez e Luna Fernández, duas das quatro espanholas que fugiram, juntamente com os maridos, para a Síria, aterraram no aeroporto militar de Torrejón de Ardoz, na cidade espanhola de Madrid, na noite de segunda-feira, depois de um árduo processo de repatriamento organizado pelo governo espanhol. Foram detidas assim que chegaram ao país.

Martínez e Fernández estavam no campo de prisioneiros de Al Roj, na Síria, sob o controlo de milícias curdas, relatam os meios de comunicação espanhóis, após terem viajado para esse país com os respetivos maridos, jihadistas leais ao Estado Islâmico, alegadamente membros da célula Al Andalus. Um deles, no entanto, acabou por morrer em combate, e o outro está detido.

As duas espanholas - que se encontram nestes campos de prisioneiros, desde 2020, pelo menos, - tinham já expressado o seu desejo de regressar ao país de origem em 2019, mas só agora é que o executivo espanhol decidiu (e conseguiu) realizar o pedido.

Com elas vieram, ainda, 13 crianças menores, entre os 3 e os 15 anos de idade, que estão sob a tutela dos serviços sociais do estado espanhol. Nove são filhos delas e os outros quatro, também com nacionalidade espanhola, estavam a cargo de uma delas no campo.

Agora, Martínez e Fernández serão apresentadas perante a Justiça espanhola, podendo ser acusadas ​​de se terem instalado em território estrangeiro controlado por uma organização terrorista para com ela colaborar. Enfrentam, assim, uma pena de prisão até cinco anos.

As mesmas alegam, no entanto, que, aquando da sua viagem para a Síria em 2014, foram enganadas.

As autoridades espanholas procuram ainda repatriar outras duas mulheres - Lubna Miludi e Loubna Fares - que fugiram para a Síria na mesma altura, também a acompanhar os maridos. Miludi está no campo de Al Hol, mas não foi possível localizá-la. Já Fares, de nacionalidade marroquina, também é procurada pelas autoridades espanholas, porque o seu marido, que se terá juntado ao Estado Islâmico, tem, sim, nacionalidade espanhola.

[Notícia atualizada às 11h59]

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