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Washington adverte contra normalização das relações com regime sírio

Os Estados Unidos instaram esta terça-feira todas as nações a pensarem duas vezes antes de avançar com qualquer normalização com o "brutal" Presidente sírio, Bashar al-Assad, na sequência de uma reaproximação entre a Síria e a Turquia.

Washington adverte contra normalização das relações com regime sírio
Notícias ao Minuto

06:27 - 04/01/23 por Lusa

Mundo EUA

O Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, um importante apoiante dos rebeldes que procuram derrubar Bashar al-Assad desde 2011, mostrou-se agora aberto a uma reunião com o líder de Damasco.

Os ministros da Defesa destes dois países reuniram-se em Moscovo no final de dezembro, na primeira reunião oficial a este nível entre os dois países desde o início da guerra.

"Não apoiamos países que intensificam relações ou expressam apoio à reabilitação de Bashar al-Assad, um ditador brutal", destacou o porta-voz do Departamento de Estado norte-americano, Ned Price, em declarações aos jornalistas.

O porta-voz da diplomacia norte-americana instou os países a examinarem "cuidadosamente o atroz histórico de direitos humanos do regime de Assad nos últimos doze anos, enquanto continua a infligir atrocidades ao povo sírio e nega acesso à ajuda humanitária que salva vidas".

No final de dezembro, Turquia, Síria e Federação Russa discutiram em Moscovo, a entrega ao governo sírio das áreas controladas no país pelos turcos e a forma de acabar com as forças curdas no nordeste.

O ministro turco dos Negócios Estrangeiros, Mevlut Çavuoglu, assegurou depois que a entrega a Damasco das zonas sírias controladas por Ancara só vai acontecer "quando houver estabilidade política e tudo estiver bem no país".

Estes ministros discutiram também o fim da presença no nordeste sírio das Forças da Síria Democrática, cuja principal componente, as Unidades de Proteção do Povo (YPG), é considerada terrorista por Ancara.

Sírios, turcos e russos discutiram ainda o regresso dos refugiados sírios residentes na Turquia, estimados em pelo menos 3,6 milhões de pessoas, a maior concentração num único Estado.

Bashar al-Assad, apoiado pela Rússia, recuperou o controlo da maior parte do território sírio durante um conflito que matou meio milhão de pessoas, deslocou metade da população pré-guerra do país e viu a ascensão do grupo 'jihadista' Estado Islâmico (EI).

No ano passado registou-se o menor número de mortos desde o início do conflito e um número crescente de países vê Assad como o vencedor.

Em março de 2022, o líder viajou para os Emirados Árabes Unidos, aliado dos Estados Unidos, na sua primeira viagem a outro Estado árabe desde a guerra.

Na sequência da reunião ministerial em Moscovo, a Turquia acolheu na terça-feira as principais figuras da oposição para os tranquilizar e reiterou o seu apoio à resolução do Conselho de Segurança da ONU a favor de um acordo político na Síria.

Os Estados Unidos autorizaram desde 2020 a aplicação de sanções contra Bashar al-Assad, desde que o regime não seja responsabilizado pelas atrocidades cometidas.

Leia Também: Síria. Dois soldados mortos e aeroporto de Damasco encerrado após ataques

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