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Mulheres protestam no sudeste conservador do Irão, diz ONG

As mulheres na Sistão-Baluchistão participaram hoje nos protestos desencadeados no Irão pela morte de Mahsa Amini, uma ocorrência rara nesta província conservadora do país, divulgou a organização não-governamental (ONG) Iran Human Rights (IHR).

Mulheres protestam no sudeste conservador do Irão, diz ONG
Notícias ao Minuto

16:25 - 02/12/22 por Lusa

Mundo Irão

Nas ruas de Zahedan, capital da província de minoria sunita num Irão predominantemente xiita, dezenas de mulheres exibiam cartazes com os dizeres "Mulher, vida, liberdade", lema do movimento de protesto, de acordo com vídeos divulgados na Internet.

"Com ou sem o véu islâmico, avante a revolução!", entoavam as mulheres vestidas com lenços negros que cobriam o corpo [xador], segundo imagens de vídeo publicadas no Twitter e verificadas pela AFP.

"É raro" ver mulheres manifestando-se em Zahedan, disse à agência de notícia AFP o diretor da IHR, com sede em Oslo, Mahmood Amiry-Moghaddam.

As mulheres no Sistão-Baluchistão estão entre as "mais oprimidas" no Irão, e as manifestações de hoje são as mais organizadas desde o início do movimento nacional de protesto, acrescentou Amiry-Moghaddam.

"Mulheres e minorias (...) podem, graças a estas manifestações, sair às ruas e reivindicar os seus direitos humanos fundamentais", afirmou.

O Irão tem sido abalado por uma onda de protestos desde a morte em 16 de setembro de Mahsa Amini, uma curda de 22 anos detida pela polícia da moralidade em Teerão três dias antes de morrer, por alegadamente violar o rigoroso código de indumentária do país ao não se cobrir totalmente com o véu islâmico.

Pelo menos 448 manifestantes foram mortos desde o início do movimento, violentamente reprimido, de acordo com o IHR.

O Irão acusa os Estados Unidos, o maior seu inimigo, e aliados norte-americanos de fomentarem o que chama de "motins".

No início desta semana, as autoridades iranianas relataram pela primeira vez a morte de mais de 300 pessoas desde o início das manifestações.

Milhares de iranianos e cerca de 40 estrangeiros também foram detidos e mais de 2.000 pessoas foram indiciadas, segundo autoridades judiciais.

Leia Também: Repressão às manifestações no Irão causou pelo menos 448 mortos

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