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Estados Unidos dizem que China terá 1.500 armas nucleares até 2035

O relatório norte-americano alerta para uma intensificação da atividade militar em torno de Taiwan.

Estados Unidos dizem que China terá 1.500 armas nucleares até 2035
Notícias ao Minuto

08:37 - 30/11/22 por Notícias ao Minuto

Mundo Armas Nucleares

Um relatório das autoridades militares norte-americanas alerta esta quarta-feira que a China está a aumentar a sua produção de armas nucleares, estimando que, até 2035, o país deverá ter cerca de 1.500 armas no seu repertório.

No documento, citado pela ABC News, o Pentágono (a instituição norte-americana que engloba todos os ramos das forças armadas) fala num "novo normal" no que diz respeito a uma intensificação da atividade militar chinesa em torno de Taiwan, especialmente depois da visita de Nancy Pelosi à ilha.

Para o Pentágono, cujo relatório é exigido anualmente pelo Congresso norte-americano, a China "representa o desafio mais consequente e sistémico para a segurança nacional dos Estados Unidos e para o sistema internacional livre e aberto".

"Com base nas tendências no relatório, podemos considerar que a República Popular da China tornou cada vez mais o Exército de Libertação do Povo numa espécie de instrumento estatal que usa para perseguir os seus próprios interesses. E isso tem sérias implicações para os interesses de segurança dos Estados Unidos, para os interesses dos nossos aliados e para a ordem mundial mais abrangente", acrescenta uma fonte do Pentágono à ABC.

O relatório especifica que a China tem, tanto quanto as autoridades de inteligência norte-americanas sabem, mais de 400 armas nucleares e continuará a aumentar o seu stock. O país, liderado por Xi Jinping, admitiu publicamente que quer aumentar o seu arsenal de modo a ter capacidade para ameaçar a soberania de Taiwan até 2027.

Apesar deste aumento, e mesmo que a China acelere mais a sua produção do que o previsto, dificilmente ultrapassará os Estados Unidos, que são, de longe, o país com mais armas nucleares do mundo: cerca de 3.750, disponíveis para serem usadas tanto a partir da terra como do mar e do ar.

O próprio Pentágono desvaloriza as capacidades militares chinesas, com o chefe do Estado-Maior-General d​as Forças Armadas norte-americanas, Mark Milley, a referir numa conferência de imprensa que "a China não terá um exército melhor que o dos Estados Unidos, mas vai tentar", acreditando que a superioridade militar norte-americana irá dissuadir durante muito tempo qualquer conflito entre os dois superpoderes.

Quanto a Taiwan, o relatório reafirma que, nos últimos dois anos, assistiu-se a "ações mais provocadoras e desestabilizadoras dentro e em torno do Estreito de Taiwan, que incluiu voos na Zona de Identificação Defensiva de Taiwan". São conhecidos os constantes exercícios militares chinesas em águas que pertencem a Taiwain, e Xi Jinping tem sido claro nas intenções da China de anexar um território que considera seu.

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