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Ex-membro do grupo M23 anuncia nova força de autodefesa na RDCongo

Um antigo membro sénior do Movimento 23 de Março (M23), ativo no leste da República Democrática do Congo (RDCongo), anunciou a sua cisão e a criação de uma nova "força de autodefesa" chamada Resistência Patriótica Congolesa/Força de Ataque (PARECO/FF).

Ex-membro do grupo M23 anuncia nova força de autodefesa na RDCongo
Notícias ao Minuto

13:22 - 28/11/22 por Lusa

Mundo RDCongo

Sendugu Museveni, antigo membro do comité político do M23, sublinhou que o objetivo desta nova milícia é combater o grupo rebelde e declarou que concentra as suas operações na localidade de Chugi, no território de Masisi, como noticiado pelo portal de notícias Congo Profond.

Declarou que o seu objetivo é "salvar o país em perigo" e acrescentou que procura "defender o território nacional e proteger as suas fronteiras para restaurar a paz na RDCongo, em geral, e no leste do país, em particular", bem como "combater as ações dos terroristas M23, apoiados pelo Ruanda e Uganda".

Museveni observou também que os objetivos deste novo grupo incluem "lutar contra o genocídio, crimes contra a humanidade, a infiltração de estrangeiros em território congolês" e "apoiar o Governo da RDCongo na sua luta para erradicar grupos terroristas, como o M23 e as Forças Democráticas Aliadas (ADF) - que juraram fidelidade ao grupo terrorista Estado Islâmico".

"Nós, PARECO/FF, comprometemo-nos a responder duramente aos ataques do M23 a cidadãos pacíficos e à agressão do Ruanda e do Uganda", disse o líder do grupo armado, que apelou a outras forças de autodefesa para se juntarem à resposta aos ataques do M23.

O anúncio da criação do grupo surge após o M23 ter dito que aceita, em princípio, o acordo de cessação das hostilidades de sexta-feira na província do Kivu Norte, contra o exército queniano e ugandês e as forças da Comunidade da África Oriental (EAC), mas advertiu que se reserva a qualquer direito de responder a qualquer ataque.

A RDCongo e o Ruanda acordaram a cessação das hostilidades, bem como uma retirada da M23, numa cimeira em Luanda, a capital angolana, para fazer avançar a normalização das relações diplomáticas.

O M23 é acusado, desde novembro de 2021, de realizar ataques a posições do exército da RDCongo no Kivu do Norte, sete anos após as partes terem chegado a uma trégua. Peritos da ONU acusaram o Uganda e o Ruanda de apoiarem os rebeldes, embora ambos os países o tenham negado.

O conflito conduziu também a uma crise diplomática entre a RDCongo e o Ruanda, que Kinshasa acusa de apoiar o M23, embora Kigali tenha rejeitado estas alegações e acusado o seu vizinho de alegadamente apoiar o movimento rebelde das Forças Democráticas para a Libertação do Ruanda (FDLR).

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