Polónia quer apoio alemão para sancionar oleoduto russo de Druzhba
Polacos procuram abandonar contrato de compra de petróleo russo sem pagar sanções, diz a Reuters.
© REUTERS/Bernadett Szabo///File Photo
Mundo Guerra na Ucrânia
A Polónia estará a procurar apoio da Alemanha para impor sanções europeias à porção do oleoduto russo de Druzhba que passa pelos dois países, de forma a poder abandonar um acordo de compra de petróleo aos russos sem pagar qualquer indemnização.
A informação foi avançada por duas fontes próximas das negociações à agência de notícias Reuters, que cita também a dupla ao afirmar que vem aí um acordo para a Polônia coordenar o fornecimento marítimo de petróleo para a Alemanha via Gdansk e parte de Druzhba, de forma a facilitar a compra por Varsóvia da refinaria Schwedt de propriedade russa, localizada na Alemanha.
É certo que a União Europeia tem feito esforços por colocar um travão à compra de petróleo russo por via marítima a partir de 5 de dezembro, mas o oleoduto de Druzhba é uma exceção a essa regra, o que representa um problema para os polacos, já que isto os obrigaria a pagar indemnizações caso quebre o contrato de longa duração que assinou com os russos.
Daí a pressão sobre a Alemanha para que a UE sancione o oleoduto em questão, ou pelo menos a parte que atravessa tanto a Polónia como os vizinhos alemães: assim, Varsóvia poderia sair do contrato sem pagar qualquer indemnização, alegam as fontes ouvidas pela Reuters.
No final de maio, a União Europeia acordou um embargo ao petróleo russo, e, desde o início da invasão da Ucrânia por forças do Kremlin, muito se tem debatido sobre a dependência energética da Europa. Na passada quinta-feira, os membros da União Europeia estavam reuniram para discutir futuras limitações ao preço de compra do petróleo russo, mas não se chegou a uma conclusão sobre o nível em que limitariam o mesmo.
O objetivo é reduzir a capacidade de Moscovo de financiar a sua guerra na Ucrânia sem, por outro lado, causar uma crise global na oferta de petróleo. O limite deve entrar em vigor no dia 5 de dezembro.
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