"A missão de investigação estabelecida hoje ajudará a garantir que os envolvidos na repressão violenta do povo iraniano sejam identificados e as suas ações documentadas", disse o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, em comunicado.
Esta missão analisará as possíveis violações das liberdades fundamentais cometidas pelo regime iraniano nos protestos após a morte do jovem Mahsa Amini em setembro, em que mais de 300 pessoas já morreram -incluindo 40 crianças- e cerca de 15.000 foram detidas.
A decisão do Conselho de Direitos Humanos, segundo Blinken, mostra que este órgão "reconhece a gravidade da situação".
O líder norte-americano reiterou a intenção do seu país de expulsar o Irão da principal comissão de mulheres da ONU pela repressão a esses protestos, conforme havia anunciado a vice-presidente norte-americana, Kamala Harris, no início deste mês.
"É importante que a comunidade internacional trabalhe em conjunto para garantir que o Irão não desempenhe nenhum papel na ONU ou em outros órgãos internacionais encarregados de proteger e promover os direitos das mulheres", defendeu Blinken.
Harris, a primeira mulher a chegar à vice-presidência dos Estados Unidos, anunciou em 02 de novembro que Washington trabalhará com os seus aliados para retirar o Irão da Comissão das Nações Unidas sobre a Situação Legal e Social da Mulher, integrada por 45 países.
Leia Também: ONU autoriza investigação por repressão a protestos no Irão