"Estamos preocupados com o julgamento próximo de Torres Farrat, que só tinha 17 anos por ocasião dos protestos. Enfrenta uma pena de até oito anos de prisão", apontou nas redes sociais o subsecretário para a América Latina do Departamento de Estado, Brian Nichols.
A mensagem está acompanhada por uma fotografia do jovem, acusado de participar nas que foram os maiores protestos na ilha desde há décadas.
"As famílias devem estar juntas. O governo cubano deve libertar Jonathan e os outros manifestantes detidos", acrescentou.
Um tribunal de Havana começou a julgar hoje 15 integrantes das manifestações antigovernamentais, de 11 de julho de 2021, em Cuba, por "atentado, desordem pública, desacato e instigação a delinquir", os quais incorrem em penas que podem ir até 13 anos de prisão.
No texto da acusação, consultado pela EFE, detalha-se que as pessoas em julgamento lançaram "pedras, garrafas, paus e outros objetos" contra a polícia e gritaram frases contra o governo e o presidente Miguel Díaz-Canel.
As idades dos acusados vão dos 17 aos 51 anos, com Torres a ser o mais jovem. Ele é uma das 55 pessoas, com idades entre 16 e 17 anos, que enfrentam um processo penal.
Segundo a organização não-governamental Cubalex e o grupo Justicia 11J, depois dos protestos do ano passado, já foram dadas 600 sentenças, algumas das quais relativas a penas de prisão de até 30 anos.
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