O confronto é o primeiro em larga escala do género naquela província desde agosto, além dos combates interétnicos registados nos últimos meses na província Nilo Azul, sul do país, e que provocaram mais de 350 mortos.
Os combates entre as tribos Misseriya e Rezeigat irromperam na passada quarta-feira perto da aldeia de Juguma, no Darfur Central, na sequência de roubos à mão armada, segundo o Gabinete de Coordenação de Assuntos Humanitários das Nações Unidas (OCHA, na sigla em inglês).
Vinte e quatro das vítimas foram mortas sábado, depois de homens armados terem aberto fogo sobre populares que tentavam por cobro ao conflito, disse a OCHA.
Adam Regal, porta-voz de uma organização local que ajuda a gerir campos de refugiados em Darfur, disse à agência Associated Press que o número de vítimas pode ser superior.
O aumento da violência nas regiões sul e oeste do Sudão coincide com as negociações entre a junta militar no poder e as principais fações do movimento pró-democracia, patrocinadas pela comunidade internacional e que visam relançar o processo de transição democrática.
A grave crise económica e política no Sudão foi desencadeada por um golpe militar em 25 de outubro de 2021 que interrompeu um processo de transição democrática iniciado dois anos antes.
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