Presidente israelita iniciou consulta com partidos para formar governo
O Presidente de Israel, Isaac Herzog, iniciou hoje consultas com os líderes partidários no Parlamento, após o que se espera venha a atribuir a tarefa de formar um governo ao ex-primeiro-ministro Benjamin Netanyahu no próximo domingo.
© Getty Images
Mundo Israel
Herzog realizou hoje reuniões com os primeiros de um conjunto de 12 líderes partidários, dando início a um processo de consultas que deve prolongar-se até sexta-feira.
Cada formação pode recomendar no encontro que mantiver com o chefe de Estado um candidato para formar um executivo e, uma vez recebidas todas as recomendações, o Presidente anunciará a sua escolha.
O candidato escolhido terá depois 28 dias para formar um governo, com o apoio de, pelo menos, 61 deputados à câmara baixa do Parlamento israelita, a Knesset, onde se sentam 120 eleitos.
Netanyahu é o candidato mais bem colocado para assumir o mandato, atendo aos 64 deputados que o bloco de partidos que o apoia obteve nas legislativas no passado dia 01 de novembro.
Herzog abriu hoje a ronda de consultas com os representantes do partido mais votado, o Likud, liderado por Netanyahu, que obteve 32 lugares e designou o seu líder.
A segunda reunião foi com representantes do partido Yesh Atid, do atual primeiro-ministro, Yair Lapid. A formação, a segunda mais votada com 24 lugares, também designou o seu líder e anunciou já que planeia liderar a oposição na Knesset a um futuro governo que Netanyahu está a procurar formar juntamente com parceiros ultraortodoxos e da ultradireita.
O Presidente perguntou aos membros da Yesh Atid sobre a possibilidade do partido formar um "governo de unidade nacional" que também incluísse o Likud, sugestão que foi rejeitada liminarmente, com o argumento de que o partido não governaria com alguém acusado de corrupção, numa referência a um processo judicial pendente contra Netanyahu.
Antes do início das consultas, e após receber oficialmente os resultados eleitorais esta manhã, Herzog sublinhou que "é absolutamente proibido, em qualquer circunstância, desistir da unidade", referindo-se às divisões internas no país e à crescente polarização entre o eleitorado israelita.
"A discordância agressiva é uma discordância destrutiva. Um desacordo que elimina os outros, nega a sua legitimidade e marca-os como inimigos, faz-nos esquecer a verdade eterna, a eterna parceria israelita", acrescentou o chefe de Estado.
O Presidente, que segundo os meios de comunicação israelitas está a tentar incluir as fações da oposição num governo de espetro amplo liderado por Netanyahu, tem ainda agendadas para hoje reuniões com representantes do partido da Unidade Nacional e do partido ultraortodoxo Shas.
Entre amanhã e sexta-feira Herzog reunir-se-á com os restantes partidos, nomeadamente com as formações que compõem o movimento Sionista Religioso, de extrema.direita.
Os 14 deputados desta formação extremista, juntamente com 18 da fação ultraortodoxa, disseram já que recomendariam Netanyahu, garantindo-lhe uma maioria e, portanto, um mandato quase certo para formar um governo.
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