Conservadores vencem legislativas e presidenciais, oposição denuncia fraude
Os conservadores do primeiro-ministro da Macedónia, Nikola Gruevski, garantiam uma clara vitória nas eleições legislativas e presidenciais de domingo, mas sem maioria absoluta, referem os resultados oficiais hoje divulgados, de imediato contestados pela oposição.
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Mundo Macedónia
A Organização Revolucionária Macedónia Interna -- Partido Democrático para a Unidade Nacional Macedónia (VMRO-DPMNE), que liderava o anterior executivo de coligação, garantiu 61 dos 123 lugares no Sobranie (parlamento), a apenas um deputado da maioria absoluta, enquanto a União Social-Democrata da Macedónia (SDSM, principal força da oposição) elegeu 34 representantes.
Os três partidos que representam a comunidade albanesa (DUI, que integrava o anterior Governo, PDSh e NDP) garantiram respetivamente 19, sete e um deputados, enquanto o pequeno partido centrista GROM garantiu um lugar.
Na segunda volta do escrutínio presidencial, o Presidente Gjorgje Ivanov, apoiado pelos conservadores, garantiu a reeleição com 55,25% dos sufrágios, contra 44,75% para o candidato dos sociais-democratas, Stevo Pendarovski, uma diferença de mais de 100.000 votos.
"A mãe-pátria está em mãos seguras, Nikola Gruevski vai ser de novo primeiro-ministro e Gjorgje Ivanov vai ser de novo Presidente", felicitou-se o deputado do VMRO-DPMNE Vlatko Gjorcev.
"Foi uma grande e poderosa vitória, firme reflexo da vontade dos cidadãos. Nestas eleições venceu a ideia do trabalho duro e da criação de novos empregos", considerou o primeiro-ministro cessante, que se prepara para reocupar o posto.
Perante o sucesso esmagador dos conservadores, os sociais-democratas anunciaram a impugnação dos resultados, e que suscitou em Gruevski uma reação de "tristeza".
Logo após o encerramento das assembleias de voto, os sociais-democratas anunciaram a recusa em reconhecer os resultados devido a alegadas irregularidades e pediram a convocação de novas eleições.
O líder da aliança social-democrata, Zoran Zaev, evocou compras de votos e múltiplas pressões sobre os eleitores, apelou à formação de um Governo "técnico" até à repetição do escrutínio e denunciou uma deriva "tirânica" do regime.
Em resposta, a ministra do Interior, Gordana Jankulovska, referiu-se às "eleições mais pacíficas na história da Macedónia", enquanto a Comissão Eleitoral não comunicou qualquer irregularidade.
O relatório dos observadores internacionais deverá ser conhecido ainda hoje, num escrutínio com uma taxa de participação de 64% nas legislativas e 54,3% nas presidenciais.
Aguarda-se agora a decisão dos conservadores sobre a composição do futuro executivo, que deverá voltar a integrar a União Democrática para a Integração (DUI), ou em alternativa o Partido Democrático dos Albaneses (PDSh), as principais forças que representam a minoria albanesa muçulmana nesta ex-república jugoslava, cerca de 25% dos dois milhões de habitantes.
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