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Distúrbios no Chile fazem 42 feridos e 195 detidos

O Governo chileno elevou hoje para 42 o número de feridos e para 195 o de detidos em distúrbios durante os protestos para assinalar o terceiro aniversário da revolta social no Chile, celebrando simultaneamente a ausência de mortes.

Distúrbios no Chile fazem 42 feridos e 195 detidos
Notícias ao Minuto

16:08 - 19/10/22 por Lusa

Mundo Chile

Segundo o subsecretário do Interior, Manuel Monsalve, do total de feridos, 18 são civis e os restantes 24 são agentes da polícia. Na maioria, sofreram ferimentos ligeiros, indicou a estação televisiva Canal 13.

Apesar de ter condenado os atos de violência, o ministro chileno mostrou alguma satisfação pelo facto de os protestos deste ano não terem causado vítimas mortais, como aconteceu em 2021, quando morreram duas pessoas.

Sublinhou igualmente que as pilhagens passaram de cerca de 50 no ano passado para apenas 15 em todo o território nacional durante os protestos desta terça-feira, o que representa uma redução de 68%.

Apesar disso, Monsalve expressou a sua indignação em relação a esse tipo de crimes, por considerar que "não é possível" que, no âmbito da jornada que comemora uma revolta social, "se atente contra a propriedade, muitas vezes de médios e pequenos empresários".

O subsecretário do Interior chileno anunciou que vai apresentar queixas pelos factos registados na terça-feira e manifestou total apoio aos membros das forças de segurança: "Os Carabineiros têm o nosso total apoio", declarou.

Governo e Carabineiros acordaram um contingente de cerca de 25.000 agentes espalhados por diversos pontos do país, 5.000 dos quais só na capital, Santiago, com especial ênfase no palácio de la Moneda e na praça Baquedano.

Este terceiro aniversário da revolta social no Chile é o primeiro desde que Gabriel Boric foi eleito Presidente da República, e a oposição já se encarregou de recordar o historial de algumas das novas autoridades, que acusou de não terem condenado na devida altura aqueles protestos que desembocaram em distúrbios e confrontos com a polícia.

No ano passado, as mobilizações para assinalar o aniversário da revolta social no país saldaram-se em pelo menos dois mortos e cerca de 450 detidos, além de se terem registado pilhagens e diversos atos de violência, depois de a marcha ter decorrido maioritariamente de forma pacífica.

A 18 de outubro de 2019, a população do Chile saiu em massa à rua para protestar contra o aumento do preço dos transportes públicos, iniciando mobilizações que prosseguiram durante vários meses e canalizaram o descontentamento da sociedade com uma gritante desigualdade.

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