Irão. ONU pede respeito ao direito à informação após cortes de Internet

As Nações Unidas (ONU) destacaram hoje a importância do direito à informação, numa reação às restrições à Internet impostas no Irão devido aos protestos que abalam o país há vários dias.

TEHRAN, IRAN - SEPTEMBER 18: A view of Iranian newspapers with headlines of the death of 22 years old Mahsa Amini who died after being arrested by morality police allegedly not complying with strict dress code in Tehran, Iran on September 18, 2022. (Photo

© Getty Images

Lusa
28/09/2022 20:37 ‧ 28/09/2022 por Lusa

Mundo

Protestos no Irão

"Acreditamos que é muito importante que todos tenham acesso à informação, e isso inclui o acesso à Internet", disse Stéphane Dujarric, porta-voz do secretário-geral da ONU, António Guterres, num 'briefing' à imprensa.

Dujarric destacou que estes cortes e bloqueios dos serviços de Internet já foram observados em outros países na sequência de vagas de protestos, mas insistiu que para as Nações Unidas é fundamental que a população tenha acesso à informação.

O Irão está a impor pesadas restrições à Internet, com as redes móveis a serem cortadas durante os períodos da tarde e da noite, quando os protestos têm ocorrido.

Já o serviço através das redes fixas está muito lento, tornando o funcionamento quase impossível.

Aplicações como o WhatsApp e o Instagram, entre os poucos permitidos no Irão, foram bloqueados, juntando-se assim ao Facebook e ao Twitter, que nunca estão acessíveis no país, embora os utilizadores consigam aceder através de 'VPN' (serviço de conexão de rede protegida), que também estão a falhar.

Sobre os próprios protestos, Dujarric disse que a ONU quer ver "o fim da violência", pedindo ainda que o direito ao protesto pacífico seja garantido e que "as forças de segurança não usem força desproporcional ou letal contra os manifestantes".

As Nações Unidas já expressaram em várias ocasiões a sua preocupação com o número de vítimas registadas nos protestos.

A televisão estatal iraniana afirmou há três dias que 41 pessoas morreram, mas esclareceu que esta é a sua própria contagem e não são números oficiais.

Outras fontes, como a organização não-governamental (ONG) 'Iran Human Rights', com sede em Oslo, apontam para 76 mortos.

António Guterres também pediu uma investigação rápida e "imparcial" sobre a morte de Mahsa Amini, uma jovem de 22 anos que morreu após ter sido detida pela designada Polícia da Moral.

A força policial deteve a jovem sob a acusação de falta de cumprimento das regras de vestuário para as mulheres.

A morte de Mahsa Amini desencadeou uma vaga de protestos no Irão, que têm degenerado em incidentes e confrontos com as forças policiais.

Leia Também: EUA "condenam veementemente" ataque do Irão contra Curdistão iraquiano

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