Nuclear: AIEA e Irão retomam contacto sobre "atividades suspeitas"

O diretor da Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA), Rafael Grossi, reuniu-se hoje em Viena com o chefe do programa nuclear iraniano, Mohammad Eslami, para retomar os contactos destinados a esclarecer possíveis atividades nucleares não declaradas por Teerão.

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Lusa
27/09/2022 20:16 ‧ 27/09/2022 por Lusa

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"O diálogo foi retomado com o Irão para esclarecer as questões sobre garantias pendentes", assinalou o diretor da AIEA em mensagem no Twitter.

Grossi inclui diversas fotos da sua reunião com Eslami, que lidera a Agência de Energia Atómica do Irão (AEAI).

Ao esclarecer as "questões pendentes", o diplomata argentino referiu-se aos restos de urânio artificial detetados em três instalações que o Irão nunca declarou como parte do seu programa nuclear, e que podem sugerir atividades secretas.

A AIEA insiste desde 2018 com o Irão para que esclareça de forma convincente sobre a origem destes restos de material radioativo.

No decurso da sua intervenção na segunda-feira perante a Conferência Geral da AIEA, que decorre até sexta-feira em Viena, Eslami acusou Israel de ser o responsável pelo aparecimento destes vestígios radioativos e insistiu que todas as dúvidas sobre possíveis atividades ocultas do Irão foram esclarecidas em 2015.

"Não existem materiais ou atividades não declaradas no Irão. Todas as acusações se baseiam em informações falsas e inventadas, fomentadas pelo regime israelita", afirmou Eslami.

As dúvidas em torno de eventuais atividades nucleares secretas do Irão são um dos temas que bloqueiam a reativação do acordo nuclear de 2015, no qual Teerão se comprometeu a reduzir o seu programa nuclear em troca de um progressivo levantamento de sanções.

O acordo entrou em colapso em 2018, quando o então Presidente Donald Trump ordenou a retirada dos EUA desse projeto e aumentou a pressão sobre o Irão.

Em 2019, o Irão deixou de cumprir os limites impostos ao seu programa nuclear e acelerou a produção de urânio enriquecido, estando próximo de poder garantir, segundo observadores, a arma nuclear.

Leia Também: Medvedev. "A Rússia tem o direito de usar armas nucleares, se necessário"

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