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Tribunal mantém prisão perpétua para antigo chefe dos Khmer Vermelhos

Um tribunal internacional, apoiado pela ONU, manteve hoje, em recurso, a sentença de prisão perpétua para o antigo chefe de Estado Khieu Samphan, no último julgamento ligado aos crimes dos Khmer Vermelhos no Camboja.

Tribunal mantém prisão perpétua para antigo chefe dos Khmer Vermelhos
Notícias ao Minuto

07:00 - 22/09/22 por Lusa

Mundo Camboja

Numa sessão realizada na capital cambojana, Phnom Penh, o tribunal especial recusou os argumentos apresentados por Khieu Samphan, de 91 anos, condenado em 2018 por genocídio contra a minoria vietnamita, crimes contra a humanidade e crimes de guerra.

Apesar de ter sido chefe de Estado do Camboja durante o regime dos Khmer Vermelhos, Khieu Samphan sempre negou ter tido qualquer papel nas políticas que levaram à morte de cerca de 1,7 milhões de pessoas em purgas, fome e abusos.

Khieu Samphan já estava a cumprir, desde 2014, uma primeira pena de prisão perpétua por crimes contra a humanidade pela migração forçada e desaparecimento de milhares de pessoas.

Esta decisão conclui os trabalhos do tribunal, criado há 16 anos e que gastou 337 milhões de dólares (342,8 milhões de euros) para julgar os crimes contra a humanidade cometidos durante o regime dos Khmer Vermelhos.

Além de Khieu Samphan, o tribunal internacional condenou a prisão perpétua, em 2014, um outro líder dos Khmer Vermelhos Nuon Chea, e o chefe da prisão de segurança S-21 do regime de Pol Pot Kaing Guek Eav, responsável pela morte e tortura de mais de 15 mil presos.

Outros líderes do regime, Ieng Sary e Ieng Thirith, morreram em 2013 e 2015, antes de serem condenados.

Os Khmer Vermelhos, maoístas que queriam abolir a propriedade privada e transformar o Camboja num país rural, tomaram o poder em 1975 e impuseram um regime repressivo, até serem expulsos em 1979 pelas tropas do Vietname.

O grupo era liderado por Pol Pot, que morreu em 1998, na base guerrilheira de Amlong Veng, no noroeste do Camboja, assassinado pelas próprias forças.

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