ONU. Draghi condena referendos para integrar Donbass na Rússia

O primeiro-ministro italiano, Mario Draghi, condenou, esta quarta-feira, a decisão de Moscovo de convocar referendos para a integração na Rússia de regiões que ocupou na Ucrânia, considerando que se trata de uma violação do direito internacional.

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© Reuters

Lusa
21/09/2022 10:11 ‧ 21/09/2022 por Lusa

Mundo

Ucrânia/Rússia

 

No seu discurso no debate geral da 77.ª sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas, que decorre em Nova Iorque, nos Estados Unidos, Draghi sublinhou que a ação mostra que "a Rússia não quer o fim do conflito".

"Os referendos pela independência do Donbass são mais uma violação do direito internacional, que condenamos firmemente", afirmou.

Segundo o primeiro-ministro cessante de Itália, a invasão de Moscovo ao seu país vizinho "viola os valores e regras que constituem, há décadas, a base da segurança internacional e da coexistência civil entre países".

"Pensámos que não iríamos testemunhar mais guerras de agressão na Europa", admitiu, lembrando que "as ambições imperiais, o militarismo e as violações sistemáticas de direitos civis e humanos pareciam ter ficado no século passado".

O primeiro-ministro italiano considerou ainda que as sanções ocidentais a Moscovo "estão a ter um efeito perturbador na máquina de guerra da Rússia e na sua economia" e defendeu que "uma economia mais fraca torna mais difícil à Rússia responder às derrotas de que está a sofrer no campo de batalha".

No entanto, afirmou, a União Europeia deve agora ir mais além e impor um teto de preço das importações de gás russo e apoiar os Estados-membros enquanto estes apoiam Kiev.

A Itália "continuará a desempenhar um papel de liderança na UE e na NATO, independentemente de quem vencer as eleições gerais de 25 de setembro", garantiu.

A semana de discussões de alto nível da Assembleia Geral das Nações Unidas começou na terça-feira, na sede da ONU em Nova Iorque, e irá prolongar-se até à próxima segunda-feira, com a presença de dezenas de chefes de Estado e de Governo.

Esta é a primeira Assembleia Geral desde o início da guerra na Ucrânia e a primeira em formato presencial desde o início da pandemia de covid-19.

O evento decorre sob o tema "Um momento divisor de águas: soluções transformadoras para desafios interligados", e terá como foco a guerra na Ucrânia e as crises globais a nível alimentar, climático e energético.

 

PMC (JML) // APN

Lusa/Fim

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