O caso de uma criança, de cinco anos, que foi insultada pelos colegas, em São Paulo, no Brasil, trouxe o tema do racismo para cima da mesa, esta semana, na imprensa daquele país.
"Mãe, um dia vou ficar branco?", questionou a criança, de acordo com o que a mãe, Claudete Alphonsus, contou nos 'stories' partilhados no seu Instagram.
"Foi a coisa mais dolorosa de ouvir. Eu senti meu coração dilacerar e partir em pedacinhos. Sofri e chorei com ele", desabafou nas redes sociais, citada pelas publicações internacionais. "Peço a todos que tomem conta do mental de seus filhos pretos e não permitam que machuquem e nem permitam que eles façam seus filhos acharem que é feio por ser marrom [castanho]! Ele tem 5 anos e já sofre o peso da cor… Não passarão…", rematou.
“Mamãe, um dia eu vou ficar branco?”. A pergunta foi feita por um menino, de 5 anos, morador de São Paulo, à mãe, a estilista Claudete Alphonsus, após ser chamado de cocô por colegas de escola. O caso foi compartilhado por Claudete nas redes sociais nesta sexta-feira. pic.twitter.com/03G6X0lIWA
— O Tempo (@otempo) September 18, 2022
De acordo com as publicações brasileiras, Claudete Alphonsus percebeu que o filho estava desanimado e quando conversou com ele este contou-lhe que os colegas da escola, onde estuda desde o ano passado, o tratavam por "cocó".
O desabafo da criança passou-se nos últimos dias e, desde aí, a mãe conseguiu marcar uma reunião na escola, que decorreu na segunda-feira, 19 de setembro.
"Hoje pela manhã realizamos uma reunião extensa com a escola do meu filho que nos informou que ira averiguar todo o ocorrido para nos trazer uma resposta. Por enquanto entendemos que há um caminho longo para que possamos superar essa situação", escreveu Claudete no Instagram, onde tem partilhado também muitas mensagens de apoio das pessoas que têm vindo a saber desta história.
A mulher, que é também é também estilista, garantiu ainda que estava a consultar assessoria jurídica para tomar as ações necessárias.
"Inicialmente pedimos a assessoria jurídica para averiguarmos todas as questões antes de tomarmos as medidas necessárias", rematou.
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