Alemanha suspeita que russos espiam soldados ucranianos em formação

Agências russas alegadamente espiaram o treino de soldados ucranianos no uso de novas armas em bases militares, incluindo uma norte-americana, localizada na Alemanha, noticiou hoje o jornal alemão Der Spiegel.

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Lusa
26/08/2022 13:57 ‧ 26/08/2022 por Lusa

Mundo

Ucrânia

De acordo com este jornal, o serviço de contra-informações militar alemão MAD teve "pistas" sobre essas operações de espionagem, indicando dois locais que, em particular, teriam sido objeto de vigilância: a base de Idar-Oberstein (Renânia-Palatinado) e a de Grafenwöhr (Baviera), administrada pelo exército norte-americano.

Em Idar-Oberstein, o exército alemão treinou soldados ucranianos no uso do obus 'Panzerhaubitze 2000', enquanto em Grafenwöhr, as forças armadas norte-americanas treinaram ucranianos em sistemas de artilharia ocidentais.

De acordo com o MAD, os campos de treino também foram sobrevoados várias vezes por aviões não tripulados ('drones') e os serviços alemães suspeitam que a Rússia também tenha tentado escutar telemóveis de ucranianos em treino na Alemanha.

O MAD também teme que os serviços russos estejam a tentar eliminar opositores que fugiram da Rússia para se refugiar na Alemanha, ou possíveis desertores das forças de segurança.

A Alemanha tem sido palco de vários casos de espionagem nos últimos anos, atribuídos aos serviços de informações russos.

Na quinta-feira, o chanceler alemão, Olaf Scholz, visitou uma base militar na Alemanha onde soldados ucranianos estão a receber formação, aproveitando para referir a importância deste género de ações no apoio à resistência de Kiev perante a invasão russa.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de quase 13 milhões de pessoas - mais de seis milhões de deslocados internos e quase sete milhões para os países vizinhos -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A invasão russa - justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções em todos os setores, da banca à energia e ao desporto.

Leia Também: Rússia recusa acusação dos EUA sobre 21 "campos de filtragem" em Donetsk

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