Congo ordena desalojamento de mina no Alto Katanga após morte de taxista

As autoridades da República Democrática do Congo (RDCongo) ordenaram à polícia e às forças de segurança que vigiam as pedreiras artesanais da província do Alto Katanga, no sul do país, que desalojem as minas num prazo de 48 horas.

Líder rebelde foge de prisão na República Democrática do Congo

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Lusa
19/08/2022 11:09 ‧ 19/08/2022 por Lusa

Mundo

RDCongo

A decisão foi tomada na quinta-feira pelo vice-ministro do Interior, Segurança e Assuntos Consuetudinários, Jean-Paul Molipo, para responder às tensões na zona devido à morte de um taxista no centro da localidade de Lubumbashi, noticia a Radio France Internationale (RFI), citada pela agência Europa Press.

Por outro lado, o governador militar do Kivu do Norte, general Constant Ndima, admitiu em conferência de imprensa a imposição de sanções contra as pessoas que atacaram a prisão congolesa de Kakwangura e que provocou a fuga de mais de 800 presos.

O exército congolês, que inicialmente atribuiu o ataque a milicianos mai mai, corrigiu depois a informação, atribuindo o ataque a combatentes das milícias das Forças Democráticas Aliadas (FDA).

Ndima sugeriu que as FDA, "ao realizarem o ataque à prisão de Kakwangura, em Butembo, tinham como objetivo reforçar a sua força laboral".

"Pode ser que atacar uma prisão seja o seu modo de recrutamento", afirmou, citado hoje pelo portal de notícias Actualité.

O ataque foi realizado por mais de 80 homens armados que conseguiram derrubar a porta principal da prisão e retirar os presos em 15 minutos, incluindo 12 mulheres das FDA.

No quadro da insegurança no país, a Missão das Nações Unidas na RDCongo (Monusco) está a reorganizar as suas forças de Butembo para outros pontos do país, em particular Beni, no noroeste.

O esclarecimento surgiu após Ndima ter dito numa conferência de imprensa que a Monusco estava a retirar-se de Butembo, ao mesmo tempo que apelava à calma da população no contexto de protestos contra a presença de "capacetes azuis" no país.

Goma tem sido o epicentro dos protestos contra a MONUSCO, que têm vindo a decorrer desde 25 de julho e que resultaram na morte de 36 pessoas, incluindo quatro membros da missão da ONU, de acordo com o último balanço das autoridades.

Neste contexto, o Presidente da RDCongo, Félix Tshisekedi, apelou ao governo para reavaliar o plano de retirada da Monusco, após o secretário-geral da organização internacional, António Guterres, ter manifestado a sua "indignação" pela morte a tiro de duas pessoas por "capacetes azuis" na cidade de Kasindi, na fronteira do Uganda.

Leia Também: Missão da ONU retira-se de cidade no nordeste da RDCongo após protestos

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