A ponte Antonivskiy, em Kherson, terá sido atingida por um ataque ucraniano, de modo a isolar a cidade, na noite de terça-feira.

Segundo Kirill Stremousov, vice-presidente da administração militar-civil imposta por Moscovo, a estrutura terá sido bombardeada, mas não foi destruída, cita a agência russa RIA. Ainda assim, o responsável assegurou que a ponte será reparada.

O mesmo meio indica que o trânsito foi suspenso, depois de as forças armadas ucranianas terem disparado "mais de 10 projéteis de vários sistemas de artilharia".

Anton Herashchenko, conselheiro do ministro do Interior ucraniano, partilhou um vídeo do momento, na rede social Telegram, que poderá ver na galeria acima.

Por seu turno, Mykhailo Podolyak, conselheiro do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, reagiu ao ataque alertando, através da rede social Twitter, que os "ocupantes devem aprender a nada no rio Dnipro" ou, por outro lado, "deixar Kherson enquanto ainda é possível".

"Poderá não haver um terceiro aviso", apontou.

You can call the Antonivsʹkyy bridge a mean of ru-air defense that intercepts all ua-missiles, but you cannot escape the reality – occupiers should learn how to swim across the Dnipro River. Or should leave Kherson while it is still possible. There may not be a third warning.

— Михайло Подоляк (@Podolyak_M) July 27, 2022

A ponte tem sido alvo de vários ataques ao longo da última semana, à medida que a Ucrânia tenta eliminar as rotas usadas pela Rússia para o transporte de armas nos arredores de Kherson, cidade capturada em março.

Recorde-se que o subchefe do conselho regional e assessor do comando militar da Ucrânia, Serhiy Khlan, considerou, no domingo, que o avanço das tropas ucranianas para recuperar o controlo de Kherson encontra-se num ponto de inflexão, que poderá culminar em setembro.

Lançada a 24 de fevereiro, a ofensiva militar russa na Ucrânia já matou mais de cinco mil civis, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), que alerta para a probabilidade de o número real ser muito maior.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.

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