Meteorologia

  • 11 MAIO 2024
Tempo
15º
MIN 15º MÁX 23º

Cerca de 550 mulheres processam Uber por ataques de motoristas nos EUA

Cerca de 550 mulheres norte-americanas apresentaram esta quarta-feira uma ação contra a empresa de transporte Uber, por terem sido agredidas, inclusive sexualmente, por motoristas quando estavam dentro de veículos contratados através desta plataforma.

Cerca de 550 mulheres processam Uber por ataques de motoristas nos EUA
Notícias ao Minuto

01:34 - 14/07/22 por Lusa

Mundo Califórnia

O processo foi apresentado nos tribunais de São Francisco, no Estado da Califórnia, onde a Uber está sedeada, divulgou em comunicado o escritório de advogados 'Slater Slater Schulman, LLP.

"As passageiras foram sequestradas, agredidas sexualmente, espancadas, violadas, perseguidas, assediadas e atacadas por motoristas da Uber, designados através da aplicação da empresa", explicaram os advogados.

Segundo o processo, a empresa de São Francisco estava ciente de que alguns dos seus motoristas estavam a agredir sexualmente e a violar passageiros do sexo feminino desde 2014, mas, apesar disso, os "predadores sexuais" que trabalham para a Uber continuaram a atacar passageiros do sexo feminino até hoje.

A plataforma de transporte há anos que enfrenta a Justiça pelo comportamento ilícito dos seus motoristas, principalmente por agressões a mulheres.

Na última edição do seu relatório de segurança, divulgado no início de junho, a Uber disse ter recebido 3.824 denúncias de agressão sexual grave em 2019 e 2020, variando de beijo não consensual a violação. Este número é 38% menor do que o registado entre 2017 e 2018.

Esta segunda-feira foi divulgado que o ex-lobista da Uber Mark MacGann está por trás da divulgação de documentos da plataforma de veículos que revelaram práticas controversas da empresa em todo o mundo, divulgadas numa investigação do Consórcio Internacional de Jornalistas de Investigação.

Em comunicado, o Consórcio Internacional de Jornalistas de Investigação (ICIJ, na sigla do consórcio em inglês) explicou que o ex-lobista da Uber na Europa 'vazou' 18,69 gigabytes de e-mails, mensagens de texto e documentos internos da plataforma eletrónica de partilha de veículos para o jornal britânico 'The Guardian'.

Os documentos, segundo adiantou a agência EFE, foram compartilhados pelo jornal com o ICIJ e a sua rede de 'media partners' internacionais.

Os documentos 'vazados' mostram que diretores da Uber tentaram influenciar políticos em todo o mundo para obter favores, negociaram contratos de investimentos com oligarcas russos, que agora são alvo de sanções, e aproveitaram-se da violência contra os condutores da plataforma usando-a em seu favor.

Leia Também: Ex-lobista da Uber por trás da divulgação de documentos do 'Uber files'

Recomendados para si

;
Campo obrigatório